terça-feira, 26 de junho de 2012

Operação “Laranja com Pequi” – Presos na sede da Polícia Federal, o vereador Athos Mameluque (PMDB) e Vítor Oliveira

Presos na sede da Polícia Federal de Moc, o vereador Athos Mameluque (PMDB) e Vítor Oliveira (Vitão do Vôlei)
Presos na sede da Polícia Federal de Moc, o vereador Athos Mameluque (PMDB) e Vítor Oliveira (Vitão do Vôlei)
Em Montes Claros,  a Polícia Federal cumpre seis mandados de prisão e dois de busca e apreensão na Prefeitura e Câmara Municipal, que estão fechadas ao público. No local, apenas a presença de agentes federais e auditores da Receita estadual que analisam documentos e computadores, em busca de provas do crime investigado. Já estão presos na sede da Polícia Federal, em Montes Claros, o vereador Athos Mameluque (PMDB), o empresário Vítor Oliveira, o ex-secretário de Serviços Urbanos João Ferro e o assessor especial da prefeitura Noélio Oliveira. Mais dois mandados de prisão podem ser executados ainda hoje, envolvendo funcionários públicos da prefeitura de Montes Claros, cujos nomes ainda não foram divulgados para não atrapalhar as prisões dos suspeitos. 
De acordo com os promotores públicos, os suspeitos de envolvimento nas fraudes usavam do expediente de combinar, previamente, preços e condições de pagamento para o fornecimento de alimentação para presídios e escolas públicas. As investigações envolveram escutas telefônicas, autorizadas pela Justiça. As investigações começaram por Montes Claros e se alstaram por outros municípios. Na cidade de Montes Claros, a suspeita começou quando o valor gasto anualmente passou, na gestão passada, de R$ 2 milhões, para R$ 12 milhões, na atual adminsitração da prefeitura. 
Formação de quadrilha
De acordo com a Polícia Federal, a operação em Montes Claros busca desarticular quadrilha suspeita de fraudar licitação em órgãos estaduais e em diversos municípios mineiros para compra de merenda escolar e fornecimento de comida para presídios. A Polícia Federal cumpre, em Minas e em Tocantins, 27 mandados, sendo oito de prisão de agentes públicos e 19 mandados de busca e apreensão em residências e empresas e, ainda, nas sedes da Prefeitura e da Câmara Municipal de Montes Claros. Os demais mandados estão sendo executados sob a alçada do Ministério Público de Minas Gerais, em parceria com a Receita Estadual e Polícias do Estado/MG.
As investigações começaram em 2010, quando foi instaurada pela Polícia federal, naquele município, inquérito policial destinado a apurar direcionamento da licitação e o consequente desvio de recursos públicos do Fundeb destinados à aquisição de merenda escolar. O inquérito foi remetido para o Ministério Público Estadual, que também investigava o mesmo assunto, além do fornecimento de alimentação a sistemas prisionais e escolas públicas em municípios mineiros. Se condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes ultrapassam 30 anos.
Por Luiz Ribeiro (Estado de Minas)

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