segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Justiça Federal do CE anula 13 questões do Enem para todo o Brasil

Decisão foi em resposta ao MPF, que pediu anulação total ou parcial.
MEC diz que considera decisão arbitrária e informou que vai recorrer.

Giselle Dutra Do G1 CE


A Justiça Federal no Ceará decidiu anular 13 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que foram antecipadas por um colégio de Fortaleza. A decisão foi tomada na noite desta segunda-feira (31) e é válida para todo o Brasil. O Ministério da Educação informou que vai recorrer da decisão entre quinta-feira (3) e sexta-feira (4).

De acordo com a Justiça Federal, a anulação das 13 questões foi uma resposta à ação proposta pelo Ministério Público Federal (MPF), que havia pedido o cancelamento total das provas do Enem ou, pelo menos, a suspensão parcial das questões envolvidas na polêmica.

Foram anuladas as questões 32, 33, 34, 46, 50, 57, 74 e 87, da prova amarela do 1º dia, além das questões 113, 141, 154, 173 e 180, da prova amarela do 2º dia. As mesmas questões correspondem a números diferentes nas provas de outras cores, que também serão anuladas.

O MEC confirmou no dia 27 de outubro que as 14 questões que vazaram do Enem estavam no pré-teste aplicado no Colégio Christus, em Fortaleza, em outubro de 2010. O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que professores do colégio reproduziram e distribuíram dois dos 36 cadernos de pré-teste.

Como solução, o MEC cancelou a prova dos 639 alunos do Christus e convocou os estudantes para um novo exame nos dias 28 e 29 de novembro, quando será aplicado o Enem aos presidiários e adolescentes que cumprem medidas socioeducativas privados de liberdade.

Na ação, o Ministério Público Federal pediu ainda a suspensão da medida do MEC que anula o Enem somente para os 639 alunos do colégio Christus.

Luís Praxedes Vieira da Silva, juiz da 1ª vara da Justiça Federal do Ceará, afirma em sua decisão que anular o Enem somente dos alunos do Colégio Christus "foge da lógica do razoável, ofende o princípio da isonomia e proporcionalidade, bem como anular a prova no país inteiro é algo desproporcional e implicaria em grande prejuízo".

Segundo o juiz, o fato é que as questões foram divulgadas antes da prova e possivelmente obtidas há um ano. Para Silva, não se sabe se apenas os 639 alunos do terceiro ano do ensino médio do Christus tiveram acesso ou os cerca de 300 estudantes do mesmo colégio do curso pré-vestibular também tomaram conhecimento das questões antes do exame.

'Decisão arbitrária'
O MEC considera a decisão arbitrária e desproporcional e informou que vai recorrer. O Ministério ainda afirmou que a decisão é injusta e que vai lutar para que ela não se mantenha.

domingo, 30 de outubro de 2011

Enem 2011 em risco

Até segunda-feira, juiz federal Luiz Praxedes Vieira decide se as provas realizadas no fim de semana serão canceladas em todo o País; opção é anular 13 questões que vazaram; MEC diz que ainda não recebeu comunicado oficial

28 do 10 de 2011 às 19:02

Diego Iraheta_247 – Está nas mãos do juiz federal Luiz Praxedes Vieira o futuro dos mais de quatro milhões de candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011. Até segunda-feira, ele bate o martelo sobre a anulação parcial ou total das provas. Titular da Justiça Federal no Ceará, ele vai decidir se mantém a validade do Enem 2011, se anula as 13 questões que vazaram ou se cancela o concurso, realizado no fim de semana.

Ontem, o Ministério Público Federal propôs ação civil pública em desfavor do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), braço do Ministério da Educação responsável pelo Enem. O procurador federal Oscar Costa Filho pediu o cancelamento das provas de todos os candidatos ou, como alternativa, a anulação das 13 questões que vazaram. Em entrevista ao Brasil 247 na terça-feira, ele já havia dito que anular só os testes do Colégio Christus não era uma medida apropriada.

"Não dá pra fazer a prova somente com 600 candidatos dessa escola. Não tem como dimensionar quantos alunos tiveram acesso. Tem estudantes que se comunicam", criticou Oscar Costa Filho (leia entrevista completa). O MEC jogou a bola do vazamento para o Colégio Christus e optou justamente por anular as provas desses candidatos.

Contudo, a argumentação de Oscar Costa Filho ganhou força com a adesão da Defensoria Pública da União. Nesta sexta-feira, o defensor público Ricardo Salviano apresentou recomendação de teor semelhante à ação do procurador. Para ele, as opções do Inep para garantir a igualdade de condições de todos os candidatos são: anular as questões que vazaram ou cancelar a prova nacionalmente.

A Justiça Federal no Ceará deu prazo de 72 horas para o MEC se manifestar sobre o assunto. Mas, independentemente da posição do ministério, o juiz Luiz Praxedes Vieira vai dar seu aval. Procurado pelo Brasil 247, o Inep informa que ainda não recebeu o comunicado oficial da Justiça.

extraído do site: http://www.bahia247.com.br

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

“A noção rígida do público e privado fazia parte de uma sociedade que se rompeu”

Por Filipe Serrano

Luiza Lobo é autora do livro Segredos Públicos – Blogs de mulheres no Brasil (Editora Rocco), em que analisa, entre outros temas, a intimidade das mulheres revelada nos blogs. Formada em Filosofia e Letras, Luiza leciona literatura comparada na pós-graduação da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela conversou com o Link sobre os limites tênues entre público e privado na internet. Leia abaixo a entrevista completa.

Livro "Segredos Públicos", de Luiza Lobo

Na internet, a noção de público e privado que tínhamos antes não vale mais. Por que isso acontece? Ou esse tipo de comportamento é comum?
Acho que a noção rígida do público e privado fazia parte de uma sociedade que se rompeu. No modernismo, o que valia era aquela sociedade alemã, européia e eurocêntrica que o Adorno e o Horkheimer estudam, em que você tem papéis muito rígidos daquilo que é conveniente. Aquela cultura de salão, de que a elite tem um determinado refinamento.

Isso tudo se rompe principalmente por causa da mídia. Pela televisão ou revistas, e mais ainda no computador, a intimidade das pessoas entra na casa de qualquer um, a qualquer hora, em qualquer lugar.

Nós aí caímos numa certa cultura da oralidade em que estas barreiras não existem muito. Nas culturas orais, as pessoas discutem muito a vida alheia; não têm essa noção de classe, de elite, de convenção, nada disso.

Há um certo retorno à uma sociedade anterior ao direito autoral, de Cervantes. Naquela época em que você podia copiar qualquer coisa porque a questão da individualidade, da propriedade privada, foi surgindo no mercantilismo e no capitalismo. Mas é inviável na internet. Você pode até fazer um processo, reclamar, mas é uma coisa tão complicada que a maioria das pessoas desiste.

No Brasil isso é mais expressivo por ter ser uma cultura mais de oralidade?
Não, acho que a gente teve, sim, no século 18 e 19. Nós estruturamos uma sociedade eurocêntrica. José de Alencar e Machados de Assis mostram que havia um comportamento em que não se falava de certas coisas.

Mas como nós somos basicamente formados por povos tribais – indígenas, africanos, de várias origens – nós saímos também mais facilmente desses padrões rígidos. Nós recaímos na oralidade, naquela, digamos, falta de conveção, que é típica do brasileiro, que dá um tapinha no ombro. Isso é muito normal.

Nem nos EUA tem muita convenção por causa da influência da mídia, que é basicamente oral. Nós invadimos tranquilamente a intimidade dos outros. As revistas de fofocas que estão no limite do blog.

Como a oralidade afeta a cultura escrita?
Acho que o blog tem uma função positiva para as pessoas voltarem a escrever. A fase da televisão foi considerada pós-alfabetização. Então você deixava de escrever. Ouvia o rádio e a televisão, e deixava de escrever. O blog é um retorno à escrita, por ter uma preocupação mínima com coerência. Tem de organizar os acontecimentos para poder relatar. Isso é positivo.

Então eu fiz uma comparação, o diário era para a mulher uma passagem para uma classe acima. A mocinha fazia o diário para mostrar que ela tinha um refinamento de linguagem. Quando ela casava, ela queimava o diário. Ela não guardava aquilo.

Hoje o blog está aberto à qualquer um. É muito mais democrático. Isso exercita seu amadurecimento de vida. É muito positivo. Mas é tudo muito teatro. As pessoas não usam identidades próprias, usam nomes falsos.

E também porque a identidade no pós-moderno acabou. Não existe mais a imagem do pai, do tio, da família, com aquela força toda. Hoje a identidade é flutuante. Ela é ocasional. Isso também é uma certa ruptura das convenções. Então as pessoas, de certa maneira, sempre adotam alter egos na internet.

Agora, elas perdem a noção de estão escrevendo sobre assuntos pessoais, mesmo que não usem identidades falsas? E de que forma isso influencia na sociedade como um todo, além da internet?
Quando eu comecei a pesquisa, fiz algumas entrevistas. E a maioria das pessoas adotavam uma nova identidade para não prejudicar o trabalho. Existem muitos blogs de mulheres lésbicas e elas não gostariam que houvesse uma devassa nas suas vidas privadas. Então adotavam um alter-ego teatral.

Acho que a privacidade permanece, mas o que flutua é a identidade. A pessoa vai adotando várias máscaras, o que é próprio mesmo do mundo moderno. Na vida real, ela tem o prazer de sentir que ela é mais do que uma pessoa só. Ao contrário da época antes do pós-moderno, em que a busca por uma identidade fixa era intensa: pela moça de família, a mulher da vida, a mulher do teatro, da raça, do gênero. E no pós-moderno, você está em todas as partes ao mesmo tempo.

Essa quebra de convenção leva as pessoas a escreverem mais sobre a vida privada na internet?
A ideia no início era uma formação de uma personalidade respeitável, de uma moça que pudesse se casar, que tinha o seu padre que orientava na igreja católica. E é enriquecimento porque não há mais a diferença entre público-privado, homem-mulher.. Existe o feminimo, o masculino, uma categoria público-privado que transita.

Então quanto mais as pessoas puderem usar esses papéis, mais ricas elas serão. E o blog é um instrumento de enriquecimento das identidades de cada um.

O uso de pseudônimos significa que ainda há noção de que a internet também é um espaço público?
Acho que os homens controlam mais a realidade na internet. São mais calculistas no que escrevem. E as mulheres escrevem de maneira mais emocional. É claro que existem pessoas que infrigem esses limites em grande quantidades. No geral, acho que ambos os lados aprendem um com o outro.

O que você acha que vai acontecer com os limites entre público e privado daqui para frente?
Acho que o privado totalmente nunca vai terminar, mas esses limites são menso claros. Já sabemos tudo que as pessoas fazem. Antigamente tinha aquela ideia de que a classe alta, a elite, tinha um comportamento maravilhoso, que eram irrepreensíveis.

Não falamos, mas nas redes sociais é possível acompanhar o que as pessoas estão fazendo ou falando.
Participar de uma tribo urbana é muito importante porque nós vivemos numa sociedade de anomia. Você não tem um nome. Somos completamente anônimos. Esse desejo, principalmente do jovem, de entrar num grupo é fundamental. Porque ele já não tem a família como referencial e ele precisa entrar na sociedade. E isso é uma forma positiva de aprendizado. As pessoas estão trocando experiências.

Acho que é um mundo novo. Um mundo da nova história, que você não fica só os grandes fatos, mas você fica também com a história do cotidiano.

Agora, essas informações não podem se voltar contra a pessoa que a publicou?
Acho que não. Começo o livro contando como tudo passa, tudo flui na internet. Como aquela lei de Gérson que se virou contra ele, e ninguém mais sabe quem é Gérson hoje. As informações podem não agradar em determinado momento. Mas nós vivemos numa sociedade pós-moderna que não tem um registro na pedra. Que as coisas vão evoluindo, todo mundo sabe porque muda tudo muito rápido.

Um amigo meu, o Luciano Zajdsznajder, que até já faleceu, escreveu o livro A travessia do pós-moderno. Uma vez foi fazer uma palestra para os meus alunos de pós e ele disse: “A melhor coisa do pós-moderno é a gente saber que não tem mais responsabilidade sobre o mundo”.

Aquela coisa do Kant, que tinha responsabilidade do “dever ser”, acabou. Porque tudo passa, tudo flui, tudo é anônico, você não é responsável sozinho por nada, a sociedade é muito complexa. Então mesmo que você esteja errado, você pode dizer “ah, eu pensava assim, mas não penso mais”. Isso seria inviável há 50 anos. Iam te chamar de irresponsável. Se Einstein chegasse hoje, fizesse uma teoria errada e dali dois dias ele se retratasse, todo mundo ia achar normal. Porque está tudo mudando tão rápido que é natural que a pessoa se corrija e volte atrás.

Da mesma forma, não existe um registro total do que você fala. Ainda há um respeito muito grande pelo livro porque ainda é considerado como um registro definitivo das informações. Tudo que é forma impressa em papel, ainda tem uma certa aura. Agora na internet, na mídia oral, acho que existe essa sensação de irresponsabilidade. É algo bom pra vida. Não sei se é bom para o saber, porque a gente vê tanta coisa errada na internet, que tem que tomar muito cuidado onde você está pegando as informações.

extraído de:http://blogs.estadao.com.br/link/entrevista-luiza-lobo-publicar-domingo/

domingo, 23 de outubro de 2011

PSICOPATAS NA ESCOLA



O psicopata é incapaz de amar outro ser humano.



O QUE é um psicopata? Para responder, vou tomar de empréstimo um trecho de outro trabalho[1] meu, em que fiz uma explanação do que seja um psicopata:
“Quantas vezes perdemos o equilíbrio emocional (“perdemos a cabeça”), e fazemos ou falamos algo do que nos arrependemos depois? Muitas, muitas vezes. Na verdade, passamos a vida inteira assim. É que isso faz parte da vida do ser humano normal. A sensação de termos feito algo errado, ruim ou exagerado nos incomoda a consciência. O que nos leva a nos sentirmos arrependidos é que na nossa essência emocional temos um laço afetivo com todos os seres humanos. Poderíamos dizer, em outras palavras, que fomos programados pela natureza para fazer o que é certo, o que é bom, o que não vai prejudicar ninguém, e toda vez que, por falta de competência emocional, infringimos esse princípio, algo nos cobra no fundo da mente. Há, porém, indivíduos que são desprovidos desse sentimento de remorso ou arrependimento. Esses indivíduos não passam por nenhum desconforto mental, nenhum tipo de cobrança da consciência depois de fazerem uma coisa errada, podendo ser essa coisa desde um deslize de ter falado algo que magoou alguém, ou a prática de um crime, um homicídio. Tudo isso tem o mesmo peso, o mesmo significado na mente desses indivíduos. Isto é, são simplesmente atitudes que eles tomaram a fim de levarem alguma vantagem. Em qualquer dos casos, não há em sua mente o “incômodo” por ter feito algo de errado. Há apenas o frio prazer de ter feito o que era preciso para se alcançar o benefício almejado. Esses indivíduos são os psicopatas.
“O que torna os psicopatas tão diferentes dos outros seres humanos é que eles não possuem nenhum grau de afetividade por outro ser humano. O psicopata é incapaz de amar outro ser humano. Poderíamos dizer que são pessoas que “não têm dó de ninguém”, nem compaixão. O psicopata planeja detalhadamente um crime. Não se importa com o quanto pode demorar, ele simplesmente aplica sua especial inteligência para que tudo saia perfeito. O psicopata parece ter uma inteligência superior, e isso ocorre porque ele é pura razão. Há uma parte de nosso cérebro, chamada Sistema Límbico, onde se processam as nossas emoções. No psicopata, esse setor do cérebro não funciona. Seu cérebro é simplesmente uma máquina de calcular ganhos e perdas, vantagens e desvantagens. Ele não raciocina dentro dos limites da ética e dos direitos, como nós normais procuramos fazer. Daí a falsa impressão de que ele seria “mais inteligente” do que as pessoas normais. O psicopata só conhece uma lei: alcançar o seu objetivo, custe o que custar. Não importando se, para isso, tiver de matar ou enganar seu melhor amigo, seu primo de terceiro grau, sua mãe ou seu filho”.
As novelas e os filmes exploram muito esse tipo humano, ou, melhor seria dizer, esse tipo “desumano”. Segundo a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, uma das maiores referências, no Brasil, em assuntos sobre psicopatia e autora do livro Mentes Perigosas, cerca de quatro em cada cem pessoas são psicopatas. Numa escola de 1000 alunos, há, pois, em média, 40 psicopatas livres para agredirem os nossos filhos. Digo livres, pois aqui me refiro às escolas públicas, que não dispõem de profissionais com formação específica para cuidar dessas questões. Aliás, os próprios professores são reféns dos psicopatas que frequentam as suas salas de aula, psicopatas esses que são por todos considerados como alunos normais, como quaisquer outros. Ledo engano! São lobos misturados entre ovelhas.
São psicopatas muitos dos alunos que praticam o tão falado bullying. A maioria dos professores e dos pais acredita que essa seja uma questão possível de ser trabalhada com métodos educativos ou coercitivos. Mas não é. Somente no caso de alunos normais é possível corrigir-se por meio da educação e da coerção. Quando se trata de psicopata, não há cura. O agressor vai agredir sempre, por toda a vida. O professor poderá fazer o que quiser, e não verá da parte desse aluno nenhuma mudança de comportamento, além de receber dele reações de deboche e de afronta. A polícia vai prendê-lo e, depois de solto, ele vai cometer os mesmos atos, e vai ser preso de novo, e assim por diante.
A psicopatia manifesta-se desde a infância. A criança psicopata é, por exemplo, aquela que tem prazer em maltratar animais, que agride frequentemente seus coleguinhas ou planeja friamente agredi-los, chegando a comentar naturalmente com os pais sobre aquilo que está premeditando fazer. É também aquela criança que não se constrange quando o adulto a repreende, depois de ter feito algo de errado. Essas características ficam ainda mais acentuadas e explícitas na fase da adolescência ou da pré-adolescência, quando as reações do indivíduo psicopata diante da advertência dos professores, dos pais ou da polícia chegam a ser arrogantes e desafiadoras.
Todos os professores, alunos e pais de alunos deveriam saber disso. Essas informações são de capital importância para que eles tenham a chance de tomar a única medida possível, uma vez estando perto de psicopatas, que é: proteger-se.
Autor: José Fernandes, publicado originalmente no site http://www.escritorjosefernandes.com, em 23 de outubro de 2011.

domingo, 16 de outubro de 2011

Reforma Agrária

A reforma agrária tem por objetivo proporcionar a redistribuição das propriedades rurais, ou seja, efetuar a distribuição da terra para a realização de sua função social. Esse processo é realizado pelo Estado, que compra ou desapropria terras de grandes latifundiários (proprietários de grandes extensões de terra, cuja maior parte aproveitável não é utilizada) e distribui lotes de terras para famílias camponesas.

Conforme o Estatuto da Terra, criado em 1964, o Estado tem a obrigação de garantir o direito ao acesso à terra para quem nela vive e trabalha. No entanto, esse estatuto não é posto em prática, visto que várias famílias camponesas são expulsas do campo, tendo suas propriedades adquiridas por grandes latifundiários.

No Brasil, historicamente há uma distribuição desigual de terras. Esse problema teve início em 1530, com a criação das capitanias hereditárias e do sistema de sesmarias (distribuição de terra pela Coroa portuguesa a quem tivesse condições de produzir, tendo que pagar para a Coroa um sexto da produção). Essa política de aquisição da terra formou vários latifúndios. Em 1822, com a independência do Brasil, a demarcação de imóveis rurais ocorreu através da lei do mais forte, resultando em grande violência e concentração de terras para poucos proprietários, sendo esse problema prolongado até os dias atuais.

A realização da reforma agrária no Brasil é lenta e enfrenta várias barreiras, entre elas podemos destacar a resistência dos grandes proprietários rurais (latifundiários), dificuldades jurídicas, além do elevado custo de manutenção das famílias assentadas, pois essas famílias que recebem lotes de terras da reforma agrária necessitam de financiamentos com juros baixos para a compra de adubos, sementes e máquinas, os assentamentos necessitam de infraestrutura, entre outros aspectos. Porém, é de extrema importância a realização da reforma agrária no país, proporcionando terra para a população trabalhar, aumentando a produção agrícola, redução das desigualdades sociais, democratização da estrutura fundiária, etc.


Nesse contexto, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) exerce grande pressão para a distribuição de terras, sendo a ocupação de propriedades consideradas improdutivas sua principal manifestação.

As propriedades rurais destinadas para a reforma agrária podem ser obtidas pela União de duas formas: expropriação e compra. A expropriação é a modalidade original para a obtenção de terras para a reforma. Está prevista na Lei 8.629/93, que diz: “a propriedade rural que não cumprir a função social é passível de desapropriação”. Quem estabelece se uma propriedade cumpre sua função social prevista na lei é o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), que a partir de índices de produtividade predeterminados avalia se a terra é produtiva ou não.


A outra forma de aquisição da propriedade rural para fins de reforma agrária é a compra direta de terras de seus proprietários. Conforme dados do INCRA, de 2003 a 2009, o Governo do Brasil comprou mais de 40 milhões de hectares para realizar a reforma, enquanto a expropriação atingiu apenas 3 milhões de hectares.

A obtenção de terras através da compra é muito criticada, pois a União, ao pagar pelo imóvel rural, proporciona as condições para permitir a reconversão do dinheiro retido na terra em dinheiro disponível para os capitalistas-proprietários de terra.

Conforme dados do INCRA, o Brasil destinou mais de 80 milhões de hectares para fins da reforma agrária, realizando o assentamento de, aproximadamente, 920 mil pessoas.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Um pouco de: Arnaldo Jabor

Estamos com fome de amor...

O que temos visto por ai ???

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes. Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plásticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer... mas???

Chegam sozinhas e saem SOZINHAS...

Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos...

Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível. E não é só SEXO não! Se fosse, era resolvido fácil, alguém dúvida? Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!

Estamos é com CARÊNCIA de passear de mãos dadas, dar e receber CARINHO, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama ... sexo de academia . . .

FAZER UM JANTAR pra quem você GOSTA e depois saber que vão "apenas" DORMIR ABRAÇADINHOS, sem se preocuparem com as posições cabalisticas... Sabe essas COISAS SIMPLES, que PERDEMOS nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a CARREIRA, a produção...

Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "SENTIR", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...

Quem duvida do que estou dizendo, dê uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!" Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos... Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário...

Pra chegar a escrever essas BOBAGENS?? (mais que verdadeiras) preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa... Todo mundo quer ter ALGUÉM DO SEU LADO, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodé, brega, famílias preconceituosas...

Alô gente!!! FELICIDADE, AMOR, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, ABOBALHADOS... Mas e daí? Seja ridículo, mas seja FELIZ e não seja frustrado...

"Pague mico", saia gritando e falando o que sente, DEMONSTRE amor... Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que O TEMPO PRA SER FELIZ É CURTO, e cada INSTANTE que vai embora não VOLTA mais...

Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que NADA tem haver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua VIDA...

E, quem sabe ali estivesse a OPORTUNIDADE de um SORRISO a dois... QUEM DISSE QUE SER ADULTO É SER RANZINZA ? Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?"

Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, RIR de BOBAGENS e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser ESTABANADO...

O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...

Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, GOSTAMOS sim de OLHAR, e IMAGINAR a gostosa, mas é SÓ ISSO, as mulheres INTELIGENTES ENTENDEM e COMPREENDEM isso.

Queira do seu LADO a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, UM dos dois, ou quem sabe OS DOIS, vão querer pular fora, mas se eu não PEDIR que FIQUE COMIGO, tenho certeza de que vou me ARREPENDER pelo resto da VIDA"...

Porque ter MEDO de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo", então não se importe com a OPINIÃO dos outros, seja FELIZ! Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!

Para ler, divulgar e . . . praticar !