quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Base do governo vota carneiramente no projeto que destrói o plano de carreira dos educadores de Minas e burla a Lei do Piso

matéria extraída do blogdoeulerconrado.blogspot.com

Base do governo vota carneiramente no projeto que destrói o plano de carreira dos educadores de Minas e burla a Lei do Piso. Um dia triste para a Educação pública. Mas, os educadores não desistirão dos seus direitos. O chão de Minas vai tremer novamente... contra o governo, contra os deputados do governo, contra a mídia vendida, contra o ministério público omisso, contra todos, enfim, que ajudaram o déspota a sonegar os direitos dos educadores.


Foi um dia deveras cansativo, pois estávamos ali, nas galerias do Plenário principal daquela casa, que recebeu o apelido, mais do que justo, aqui no blog, de Casa Homologativa. Centenas de bravos e bravas guerreiros e guerreiras lá estiveram, desde cedo, para acompanhar as discussões e a votação do substitutivo nº 5 do desgoverno de Minas, que colocou todos os servidores compulsoriamente no subsídio. Uma indecência sem igual.

Já sabíamos, de certa forma, que aquela casa funciona assim: a maioria dos deputados, embora estes sejam eleitos pelo povo, prestam contas apenas ao governo do estado, como se fossem funcionários em cargo de comissão do governador e não representantes do povo.

Diante de centenas de educadores ali nas galerias, e de milhares que acompanharam pela TV Assembleia, os deputados do governo deram uma demonstraram de que não valem o pão que comem. Sequer tiveram coragem de usar do microfone para defenderem o voto deles. Mas, também, defender o quê, se eles sequer sabiam sobre o tema que acabaram de votar?

Os deputados da oposição, especialmente os que usaram do microfone para nos defender, fizeram a sua parte. Protelaram ao máximo a votação e fizeram a denúncia do que vem acontecendo em Minas. Como o nosso blog é acessado por pessoas de todo o Brasil, e nós indicamos o link da TV Assembleia logo pela manhã, é bem provável que muita gente de todo o país acompanhou a vergonhosa situação de Minas Gerais.

O governador e seu padrinho terão que aumentar a cota de gastos com a mídia mineira e nacional para tentarem diminuir um pouco a péssima imagem que foi passada para Minas e para o Brasil. Mas, por mais que gastem com publicidade, nada poderá desfazer a realidade da Educação pública e a dos educadores, marcada pelo descaso e pela sonegação de direitos assegurados por lei.

O desgovernador teve a ousadia de destruir o Plano de Carreira que fora criado na gestão do seu padrinho político, além de impor a todos um "novo" sistema remuneratório, o subsídio, que descaracteriza completamente a Lei do Piso no estado. Na prática, acaba com a possibilidade de se aplicar a Lei do Piso em Minas. Uma verdadeira agressão aos poderes constituídos no âmbito federal - Congresso Nacional, presidência da República e STF. Respectivamente, os três poderes criaram, promulgaram e consideraram constitucional a Lei do Piso, que trouxe, entre outras coisas, três características básicas: 1) o piso enquanto vencimento básico, preservando à parte as gratificações; 2) o terço de tempo extraclasse para atividades fora da sala de aula; e 3) o reajuste salarial anual do piso nacional de acordo com o aumento do custo aluno ano. Numa só tacada, o governo de Minas destruiu o vencimento básico e as gratificações, implantando o subsídio como remuneração total; com isso, escapou do reajuste anual, pois a remuneração total, ao contrário do vencimento básico, será sempre maior do que o valor proporcional de um piso que já é rebaixado. Assim, enquanto o piso nacional em 2012 terá um reajuste de 16,69%, em Minas, os educadores terão um reajuste de apenas 5%. E o terço de tempo... Bom, somente agora, depois que tirou tudo dos educadores, o governo decidiu tocar neste assunto.

Mas, estas não foram as únicas perdas. Além do confisco das gratificações e do reajuste anual, o governo reduziu os percentuais de promoção - de 22% para 10% (mudança de nível pela escolaridade, a cada cinco anos); e de progressão - de 3% para 2,5% (mudança de grau, pelo tempo de dois anos cada). E mesmo no subsídio, ao introduzir o que chamou de "aprimoramento", na prática escalonou as pequenas diferenças salariais em quatro parcelas, que serão pagas até 2015. Na prática, o governo submeteu as tabelas salariais dos educadores a um tremendo confisco, combinado com o congelamento salarial.

Tudo bem. Ou melhor, tudo mal. Mas, tudo bem assim mesmo. Pode parecer o fim do mundo, não é mesmo? E seria, até, se nos contentássemos com isso; se já não provássemos para nós mesmos que somos capazes de reagir, de resistir, de lutar pelos nossos direitos, como fizemos em todos os anos anteriores. E é claro que não vamos aceitar o que foi imposto em 2011 como uma derrota definitiva.

Há certas derrotas que prenunciam vitórias robustas. É o que eu pressinto em relação ao momento que estamos vivendo. Vão dizer: você é muito otimista. Sou, confesso a vocês que nunca perco a esperança em relação às coisas pelas quais acredito. Posso até mudar de opinião, mas continuarei na luta. Mas, vocês dirão: tudo bem, chega de discurso e nos apresente uma saída.

Vou começar dizendo que o governo acabou nos empurrando para uma situação de unidade, ainda que forçosamente. Disse isso hoje para vários colegas, inclusive para a coordenadora do sindicato. Talvez a única coisa boa deste projeto do governo é que agora estamos todos num mesmo sistema remuneratório e assim poderemos novamente construir sonhos e lutas comuns. Na ânsia de destruir nossos direitos, ele pode acabar nos empurrando para a almejada unidade. Podemos traçar estratégias comuns para conquistar nossos direitos.

Primeiro, temos que pensar numa ação judicial para cuidar de duas coisas básicas: a devolução do dinheiro que o governo nos tirou quando realizou a redução salarial em julho deste ano - e agora mais do que nunca, já que nos obrigou a voltar para o subsídio; e a segunda coisa, o sindicato parece que já fez, finalmente, que foi ingressar com uma Reclamação junto ao STF para cobrar o piso na carreira. Vamos ver o resultado desta ação.

Se formos vitoriosos no STF, ótimo. O governo terá que voltar atrás e nos pagar o piso na carreira. Mas, suponhamos que o STF nos decepcione e considere que o que fora feito em Minas está dentro da lei - não duvido de nada neste país, infelizmente. Ou então que demore a nos dar uma resposta. Então, não nos restará outro caminho senão o da luta organizada para reconquistar nossos direitos.

E aí vamos ter que trabalhar com o que existe. E se o que existe é o subsídio, vamos cobrar: a) a volta dos índices de promoção e progressão nas carreiras da Educação; b) o reajuste anual nas tabelas salariais de acordo com os mesmos índices do reajuste do piso salarial nacional.

Estas duas propostas, somente, já causariam uma verdadeira e substancial mudança no valor dos nossos salários, talvez até superior ao valor do piso na carreira. E estaríamos todos unidos novamente lutando por interesses comuns. Vocês poderão dizer: mas o governo não vai querer pagar estas reivindicações. E eu lhes respondo: o governo não quer pagar nada; não quis pagar o piso, e se dependesse somente dele estaríamos ganhando um salário mínimo ou menos. Tudo mais acima do salário mínimo foi fruto de luta, de conquista.

Portanto, o que temos que fazer é organizar melhor a nossa luta, construir a nossa unidade, organizar as nossas fileiras, articular o apoio da comunidade e dos alunos, e nos preparar para os novos embates.

Temos que entender uma coisa: quais são os interesses dos educadores e da comunidade, de um lado, e quais são os interesses do governo e dos seus chefes empresários, do outro. São interesses que se chocam. Não adianta dizermos para eles: vocês estão sucateando a Educação pública. Eles não estão nem aí para isso. Quem pode estar aí para isso são os pais de alunos e os alunos, além dos educadores, que serão atingidos diretamente pelas políticas de destruição da Educação pública - da saúde, e da moradia popular, etc.

Por isso temos que unir, em torno de propostas comuns. Podemos e devemos xingar o governo e seus aliados. Mas, ao mesmo tempo, temos que nos preparar para dar a volta por cima e arrancar do governo os nossos direitos.

Há dois comportamentos que estão colocados: de um lado, o da acomodação, da resignação - sob qualquer pretexto -, da desistência, que é exatamente aquilo que o governo espera que aconteça. Inclusive a ideia de deixar a educação está incluída neste campo, pois não deixa de ser uma forma de desistir, ainda que as pessoas tenham o direito de buscar outros caminhos para suas vidas profissionais e pessoais.

O outro caminho, é o da luta, o da preparação para os novos combates; o da análise tranquila do nosso movimento, com o intuito de corrigir as debilidades e fazer avançar a nossa luta para impor uma derrota maiúscula aos nossos inimigos. É este caminho que espero que a maioria queira trilhar.

Nós perdemos muitos direitos e dinheiro nesta luta; teríamos perdido até mais se não lutássemos, pois o governo não tem planos de investimento na Educação, como já sentimos nos últimos anos. Mas, saímos moralmente fortalecidos, conhecemos melhor a nossa força, as nossas limitações e os pontos que precisamos corrigir. Os próximos anos correm contra o governo e em nosso favor. Geralmente os governos costumam fazer suas maiores maldades no primeiro ano, com a ilusão de que terão mais três anos para fazer esquecer o que aprontaram. Mas, nós não esqueceremos de nada. Pelo contrário. Vamos lembrar todos os dias que o governo nos roubou um piso salarial, direito assegurado por lei, e uma carreira.

Na articulação das nossas ações, muitas práticas organizadas podem ser realizadas, durante todo o ano. O boicote às avaliações sistêmicas, é uma delas; manifestações de rua todos os meses, é outra; a organização de uma nova greve em março ou abril de 2012, quando já estivermos recuperado um pouco do desgaste financeiro que tivemos, é outra; e assim por diante.

Vamos começar a organizar melhor a nossa luta, principalmente a luta pela base, em cada escola. Vejo sempre muita gente cobrando do sindicato, ou da direção sindical, ou mesmo da subsede, como se essas entidades pudessem fazer milagre e substituir aquilo que somente nós próprios, de forma organizada, podemos fazer. A greve de 2011 só aconteceu com maior força onde houve trabalho organizado na base. Claro que vários fatores podem ter contribuído. Nos locais onde existem lideranças do movimento que são mais atuantes, por exemplo; ou nos locais onde as subsedes tinham uma presença mais constante de visita às escolas; ou até mesmo o papel da Internet - como este e outros blogs - que acabou dando uma injeção de ânimo nos colegas, tanto da Capital, quanto do Interior. Mas, nada disso adiantaria se na própria escola já não tivessem pessoas, lideranças, lutadores sociais prontos para desenvolver uma prática cotidiana de luta, atendendo ao chamado da categoria. Precisamos multiplicar esta força.

Precisamos também criar nas escolas e fora delas um campo de debate político, para que possamos discutir nossa visão de mundo, na construção coletiva de alternativas para os nossos problemas. Sair da visão individual, reduzida, pois nós sempre dependemos dos outros, e assumir uma outra perspectiva de luta. Esse debate pode ser socializado aqui na rede da Internet.

E podemos melhorar cada vez mais as nossas formas de ação. Um exemplo. Hoje, nas galerias do plenário da ALMG, enquanto vaiávamos os deputados do governo, ouvi de uma combativa colega uma sugestão: que tentássemos organizar nossas caravanas diretamente em cada escola, e não mais nas subsedes apenas. Claro que se trata de um desafio difícil para se construir imediatamente. Mas, deve ser considerada esta possibilidade. Poderia inicialmente começar por duas ou três escolas. E por que a escola seria a referência: porque seriam caravanas da comunidade escolar, reunindo educadores, estudantes e pais de alunos, que previamente discutiram a nossa realidade e participariam do nosso movimento, que é para o bem da comunidade escolar. Segundo o governo, cerca de 700 escolas teriam participado da nossa heroica greve de 112 dias. Já imaginaram 700 ônibus a caminho da Cidade Administrativa, cada qual com 50 pessoas? Seriam 35 mil pessoas, entre educadores, alunos e pais de alunos.

Governo nenhum resistiria a uma mobilização deste porte. E nós temos potencial para isso. Basta que nos organizemos e que tracemos objetivos comuns para as nossas lutas e que acreditemos nessa luta, e nos preparemos melhor para ela.

Ah, mas isso não é fácil, tem muita gente que nada quer com a luta, etc - dirão alguns colegas. Nada é fácil, colegas, nada. Mas, é preciso tentar, se não quisermos colher cortes de direitos para o resto da nossa vida. Nós somos herdeiros de uma carreira que foi destruída ao longo de muitas décadas. Apesar das muitas lutas passadas, na cidade em que eu moro, dos antigos lutadores, só restou o comandante João Martinho. A maioria entregou os pontos, ou nem chegou a participar de nada, ou se aposentou. Por isso eu estou colhendo o que eles não fizeram no passado. Mas, não posso culpá-los de nada. Cada tempo tem o seu contexto, suas lideranças, seus desafios. Espero que o nosso momento, este, que vocês e eu estamos construindo, não seja um legado de perdas para as novas gerações.

Por isso eu lhes digo: as batalhas de 2011 foram heroicas, realizamos feitos que ficarão marcados para sempre, apesar da derrota financeira e funcional que tivemos; mas foram batalhas limitadas a um contexto. Não perdemos a guerra. E temos muita luta ainda pela frente. Vamos organizar melhor as nossas fileiras e vencê-las, para que em breve tenhamos condições de nos orgulhar, não apenas da nossa luta, mas das conquistas que teremos. Em 2012 tem eleições municipais. O governo vai sentir a nossa força, se quisermos que isso aconteça. Em 2012 seguramente terá nova greve. E o governo sentirá novamente a nossa força.

O golpe que ele deu agora, através do Congresso, ao invés de pacificar a categoria, vai torná-la mais unidade e mais disposta ao combate. A isso eu chamo de transformar uma derrota momentânea numa vitória permanente, ou por longos anos. Se este for o nosso caminho, vamos colher muitas conquistas. Do contrário, se desistirmos de lutar, aí sim, o governo terá conseguido uma vitória real, pois teria destruído os nossos sonhos. E claro que isso não vai acontecer. Pelo menos foi o que eu senti no contato com dezenas de colegas após a votação na Casa homologativa contra os educadores.

O que eu vi naquela cena? Deputados saindo diminuídos, mudos, envergonhados. E educadores, apesar de terem o piso e o plano roubados, saindo altivos, de que cabeça erguida, indignados, claro, mas prontos para o novo combate. Esse, para mim, é o espírito do NDG, daqueles que têm a alma de lutadores sociais, que nuca desistem, que nunca se rendem, que mesmo quando têm dúvidas - o que é normal - estão sempre em busca de um novo sonho, de um janela para o sol, para a luz, em oposição às trevas que o governo e seus aliados tentam nos atirar.

Por isso, na noite em que eles pensam que nos derrotaram, quero anunciar aqui para o mundo: que eles nos aguardem, pois voltaremos, com mais força, com mais garra e mais disposição para vencê-los!


Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!

Obras da Prefeitura: benefício ou propaganda ?


23/11/2011 - 20h59m

Rodrigo Oliveira
Especial para O Norte

Já vai fazer aniversário a obra que tem por objetivo padronizar a calçada da Praça Coronel Ribeiro. A demora não tem explicação, mas deveria, como afirma o vereador Cládio Rodrigues (PPS), que na última terça-feira (22), em reunião na Câmara Municipal solicitou à administração que informe os fatores que acarretaram tamanho atraso na realização de obras, que têm verba de R$766.910,44 do Ministério das Cidades e como empresa contratada Construtora Avançar.

Rodrigo Oliveira

Bagunça e sujeira sem fim

O vereador encaminhou um ofício ao Secretário Municipal de Obras, João Henrique Ribeiro, solicitando à secretaria cópia do contrato de repasse, de número 0315.436-22/2009, com prazo de 10 (dez) meses.

Segundo o vereador Cláudio Rodrigues, as obras de padronização das calçadas da Praça Coronel Ribeiro se transformaram em outdoor vivo para que a Prefeitura finja estar fazendo algo pela cidade. Mas e os benefícios para cidadão? Nenhum. Só mesmo transtornos, descaso, obra quase paradas, bagunça e sujeira sem fim.

Em release divulgado pela Prefeitura, quando do início das obras, o secretário de obras, João Henrique Ribeiro, afirma que os transtornos seriam momentâneos, devido à necessidade de quebrar e refazer as calçadas.Mas passados muitos meses o que se vê é que nada mudou e as obras parecem que mal começaram.

Até quando Montes Claros vai ter que conviver com esse descaso com o povo e com os bens públicos? E por que a Prefeitura não informa os motivos da demora? Bom, quem não deve, não teme dar explicações.

Transparência nunca é demais!

Montes Claros: Ainda pode piorar - 23/11/2011 - 20h53m







Samuel Nunes
Repórter

em onorte.net

Quem pratica corrida ou caminha na pista do Córrego das Melancias enfrenta obstáculos que vão muito além do esforço físico. Com o período chuvoso é perceptível a fragilidade do asfalto da Avenida Antônio Lafetá Rebelo, via de acesso que divide os bairros Santa Lúcia e Monte Carmelo e que é utilizada por moradores destes bairros e de outros como Cintra, Delfino Magalhães, Jardim Palmeiras e Carmelo para a tradicional caminhada no início da manhã ou final da tarde.

Samuel Nunes

Seja de carro ou de moto no período chuvoso é difícil passar pela avenida Antônio Lafetá Rebelo

Alguns problemas constados pela reportagem de O Norte como falta de segurança, mato alto, lixo acumulado, pouca iluminação e muitos buracos são apenas algumas das reclamações feitas pelos frequentadores que cobram do poder público municipal a revitalização do canal e a construção de uma pista de cooper à altura do que merecem.

Em determinado percurso da referida via pública, as chuvas que caíram na cidade nos últimos dias, deixaram a situação ainda pior, já que fez dos buracos de poças de água, que estão se transformando em lagoas e ainda, fez das ruas verdadeiros lamaçais, uma vez que inexiste asfalto no trecho que liga a avenida Antônio Lafetá Rebelo aos bairros Santa Laura e Guarujá.

A rotina do estudante Carlos André Rodrigues é botar os pés na pista de Cooper, diariamente, antes das 17 horas. Ele conta que sua a camisa por cerca de uma hora e meia, vencendo um percurso de mais de três quilômetros. Ele garante que, se porventura, o poder público municipal desse o real valor ao local, realizando a reforma de toda a pista às margens do córrego das Melancias, tornando-o a verdadeiramente um local agradável, a comunidade se sentiria prestigiada. E lamenta o descaso e o abandono do local e também dos moradores.

- Infelizmente o que temos aqui hoje é sujeira no canal das Melancias e falta de segurança para as crianças que acompanham os pais na prática da caminhada, além da falta de muretas de proteção no entorno do córrego, em toda a sua extensão. E estes são apenas alguns dos problemas vivenciados por nós moradores. A solução seria a canalização do córrego – afirma.


Lama

O lamaçal presente ao final da avenida Antônio Lafetá Rebelo, sentido bairro Santa Laura, tem prejudicado não apenas quem faz caminhada ou corrida mas também os veículos, que são obrigados a fazer manobras para sair dos buracos, muitos deles encobertos pela água. Màrcio Adriano Lopes afirma ser arriscado passar pelo local. Ele cobra a canalização do córrego e assim como a drenagem em alguns pontos da via pública, segundo ele, abandonada ao longo dos anos pelo poder público municipal.

- Entra prefeito e sai prefeito e nada. As coisas só pioram. Pagamos nossos impostos e como presente de grego ganhamos uma avenida destas, em péssimo estado de conservação, desabafa.





feienefício ou propaganda ?

23/11/2011 - 20h59m

Rodrigo Oliveira
Especial para O Norte

Já vai fazer aniversário a obra que tem por objetivo padronizar a calçada da Praça Coronel Ribeiro. A demora não tem explicação, mas deveria, como afirma o vereador Cládio Rodrigues (PPS), que na última terça-feira (22), em reunião na Câmara Municipal solicitou à administração que informe os fatores que acarretaram tamanho atraso na realização de obras, que têm verba de R$766.910,44 do Ministério das Cidades e como empresa contratada Construtora Avançar.

Rodrigo Oliveira

Bagunça e sujeira sem fim

O vereador encaminhou um ofício ao Secretário Municipal de Obras, João Henrique Ribeiro, solicitando à secretaria cópia do contrato de repasse, de número 0315.436-22/2009, com prazo de 10 (dez) meses.

Segundo o vereador Cláudio Rodrigues, as obras de padronização das calçadas da Praça Coronel Ribeiro se transformaram em outdoor vivo para que a Prefeitura finja estar fazendo algo pela cidade. Mas e os benefícios para cidadão? Nenhum. Só mesmo transtornos, descaso, obra quase paradas, bagunça e sujeira sem fim.

Em release divulgado pela Prefeitura, quando do início das obras, o secretário de obras, João Henrique Ribeiro, afirma que os transtornos seriam momentâneos, devido à necessidade de quebrar e refazer as calçadas.Mas passados muitos meses o que se vê é que nada mudou e as obras parecem que mal começaram.

Até quando Montes Claros vai ter que conviver com esse descaso com o povo e com os bens públicos? E por que a Prefeitura não informa os motivos da demora? Bom, quem não deve, não teme dar explicações.

Transparência nunca é demais!






domingo, 20 de novembro de 2011

Um pouco de Pablo Neruda

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar,
morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoínho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida a fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante...
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio pleno de felicidade"

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Opinião: Invasão da reitoria da USP

Em razão de algumas manifestações formadas por pesquisadores, cientistas, "intelectuais", em defesa dos "Revolucionários da USP", quero aqui deixar minha opinião sem querer botar mais lenha na fogueira, porque penso que este assunto já deu muita conversa apesar de pouco relevante.

A minoria que apoia esta causa, os "Intelectuais", acham que estão sendo injustamente criticados pelo “povão ignorante” (assim foram denominados os contra-“revolucionarios”), entretanto, não mencionam em seus textos a forma como está sendo feito este "protesto", como a depredação do patrimônio público, da desobediencia de uma ordem judicial, nem do fato dos estudantes terem ocupado a reitoria contra decisão tomada por eles próprios em votação. O que eu apoio juntamente com "o povão ignorante" é a ação da policia contra meliantes encapuzados, estudantes sem nada na cabeça, e outros possivelmente traficantes que se disfarçam de estudantes que ocupam, destroem um patrimonio público e defendem a liberalidade do uso de drogas. Dizem haver outros motivos, SE realmente houver outro motivo do protesto este não ficou claro em momento algum da manifestação. Até mesmo estes intelectuais defensores dos Revolucionários debatem quais seriam estes outros motivos.

Com relaçao ao uso de Drogas, não estou opinando na maneira como os jovens de hoje devem viver ou morrer. O problema disto é muito maior. O consumo de drogas financia o tráfico e este está ligado diretamente ao aumento da criminalidade no país. Isto é fato. Com relação aos motivos ocultos da manifestação, penso que caberia a estes jovens pensarem em um meio mais eficaz de expor suas idéias, não será através da violencia, pichação e depredação do patrimonio público que alcançarão seus objetivos.

Enquanto isso, o povão não tem acesso a um ensino de qualidade, não podem custear seus estudos em boas escolas e consequentemente, são poucos os que chegam às universidades como a USP, que é a melhor e mais concorrida do país, em sua maioria formada por estudantes ricos, que obviamente integram os “Revolucionários”.

Agora pergunte a um traficante, o que ele acha da presença da PM na favela? A resposta será a mesma dos "Revolucionarios da USP". Pergunte ao traficante o que eles acham desse Movimento? Estão assistindo essa palhaçada toda de perto, achando muito bonito e aplaudindo de pé esse espetáculo!

Felizmente esse movimento foi feito por somente 2% dos alunos da USP e liderados por um número bem menor de “Intelectuais”.

Na minha opinião penso realmente que existem vários outros motivos mais relevantes para se fazerem protestos. Daria aqui pra fazer uma lista enorme: a corrupção na politica, a degradação do ensino, o abandono da saúde pública, a desigualdade social que a cada dia é mais acentuada em nosso pais, etc.

Ah, e se me perguntar de qual lado estou, do povão ignorante ou dos intelectuais? Estou sem dúvida alguma, ao lado do "POVÃO IGNORANTE".

autor: Sânzio Andrade

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Justiça suspende anulação de 13 questões do Enem 2011

O TRF 5 suspendeu a anulação de 13 questões do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011. A decisão foi proferida pelo desembargador Paulo Roberto de Oliveira Lima nesta sexta (4).

De acordo com a decisão, as 13 questões somente ficarão anuladas para os 639 alunos do Colégio Christus, de Fortaleza, que se submeteram à prova. Assim, "as provas serão mantidas na sua integralidade para os quase 5 milhões de estudantes que se submeteram ao exame", segundo nota do TRF 5.

Estudantes dizem que colégio de Fortaleza "vazou" questões do Enem

Foto 17 de 21 - Veja agora as questões da prova amarela com as respectivas imagens divulgadas na internet por alunos de Fortaleza; segundo eles um colégio particular havia aplicado um simulado com questões idênticas às do Enem 2011 Mais Reprodução

Mais razoável

De acordo com o presidente do TRF5, a solução dada por ele é a mais razoável. “A liminar considerada atinge a esfera de interesses de cerca 5 milhões de estudantes, espraiando seus efeitos para o ingresso deles nas várias universidades públicas do país, com repercussão na concessão de bolsas, na obtenção de financiamentos e na orientação de políticas públicas. O assunto é grave e influi, sim, na organização da administração”, avaliou o presidente do TRF5 na sua decisão.

“Nenhuma solução é de todo boa. Aliás, isso é próprio dos erros: quase nunca comportam solução ótima. Anular ‘somente’ as questões dos alunos beneficiados não restabelece a isonomia. É que eles continuariam a gozar, para o bem ou para o mal, de situação singular (afinal a prova, para os tais, findaria com menos questões). E certamente a solução não teria a neutralidade desejável, é dizer, o resultado não seria o mesmo, com e sem a anulação. De outro lado, anular as questões para ‘todos’ os participantes também não restauraria a igualdade violada. Como se vê, nenhuma das soluções tem condições de assegurar, em termos absolutos, a neutralidade e a isonomia desejáveis”, concluiu o magistrado.

O pedido de suspensão da liminar havia sido feito ontem (3) pela AGU (Advocacia Geral da União), através do procurador regional federal Renato Rodrigues Vieira e dos subprocuradores regionais Rodrigo Cunha Veloso e Miguel Longman.

Entenda o caso

A Justiça Federal no Ceará decidiu na noite de segunda anular 13 questões do Enem. Segundo o juiz Luís Praxedes Vieira da Silva, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) deve desconsiderar esses itens na hora da correção.

Ficaram anuladas as seguintes questões no caderno amarelo e suas correspondentes nos outros cadernos: 32, 33, 34, 46, 50, 57, 74 e 87, do primeiro dia; 113, 141, 154, 173 e 180, do segundo dia.

Também pelo Twitter, o MEC (Ministério da Educação) e o Inep afirmaram que "consideram a decisão do juiz Luiz Praxedes desproporcional e arbitrária, e vão recorrer em Tribunal de Recife ainda esta semana".

Na decisão, o juiz afirma que anular o Enem somente para os 639 alunos do Colégio Christus, como fez o MEC, "foge da lógica do razoável" e anular para todos "é algo desproporcional e implicaria um grande prejuízo."

"Irmãs Carmelitas Descalças"

"O erro gravíssimo do instituto requerido [Inep] foi não usar questões inéditas no Enem deste ano. As questões do pré-teste jamais poderiam ser utilizadas no ano seguinte, principalmente porque não estavam lidando com instituições comandadas por Irmãs Carmelitas Descalças, e sim por entidades [escolas] com um alto grau de disputa entre as elas, para angariar novos alunos", afirma Silva.

O pedido de anulação total ou parcial do Enem 2011 foi feito pela Procuradoria da República no Estado, após a verificação de que alunos do colégio Christus, em Fortaleza, tiveram acesso prévio a questões do exame. O Inep havia pedido dez dias para se pronunciar, mas a Justiça negou o prazo e concedeu apenas 72h, que terminaram ontem.

Entenda a novela

Logo após o Enem 2011, que aconteceu no final de semana de 22 e 23 de outubro, alunos de Fortaleza começaram a comentar pelas redes sociais que teriam tido acesso a questões que caíram na prova por meio de material didático do colégio Christus, uma instituição de elite da capital cearense.

Na quinta-feira, 27 de outubro, o MEC admitiu que as 14 questões que circulavam pela internet haviam vazado de um dos pré-testes realizados no ano passado. Por causa da metodologia do Enem, a TRI (Teoria de Resposta ao Item), as perguntas que vão aparecer na prova precisam ser respondidas por milhares de estudantes de diferentes escolas, classificadas de modo geral em fracas, medianas e de elite.

Nessa mesma quinta-feira, o procurador da República no Ceará Oscar Costa Filho entrou com uma ação judicial para que o MEC (Ministério da Educação) anulasse todo o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011 ou, pelo menos, as treze questões disponibilizadas aos alunos do colégio Christus antes das provas.

Na semana seguinte, no dia 31 de outubro, a Justiça Federal no Ceará anulou 13 questões do Enem 2011. Na decisão, o juiz Luís Praxedes Vieira da Silva, mandou o Inep deve desconsiderar esses itens na hora da correção. Ontem a AGU entrou com recurso para suspender a liminar.

extraído de: http://noticias.uol.com.br/educacao/2011/11/04/justica-suspende-anulacao-de-13-questoes-do-enem-2011.jhtm

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Prefeitura veta projeto ficha limpa

extraído do jornal O Norte - www.onorte.net

01/11/2011 - 18h16m
Onze votos a favor e três contra. Foi este o placar da votação ontem, na Câmara de Vereadores de Montes Claros. A maioria dos parlamentares decidiu acatar o pedido do prefeito Luiz Tadeu Leite e vetar o artigo 4º da Lei Ficha Limpa, que disciplina as nomeações para cargos em comissão no âmbito dos órgãos do poder executivo e legislativo. O artigo 4º é considerado como o principal artigo da lei, pois trata da documentação necessária a ser apresentada pelo futuro funcionário público, como exigência para a sua contratação. Devem ser apresentadas as certidões da justiça federal, justiça eleitoral, justiça estadual de Minas Gerais, 1ª e 2ª instâncias nas esferas civil e criminal e juizados especiais civil e criminal.
No entanto, o prefeito alega, que esta documentação criará uma burocratização desnecessária ao poder Público Municipal, indo contra princípios que regem a administração pública e contra o Ordenamento Constitucional Nacional. Ele afirma ainda que, atualmente a prefeitura conta com mais de 700 funcionários comissionados.
-Diante do alto número, é no mínimo um exagero criar para o município a responsabilidade frente a cada funcionário nomeado ou designado que, deverá por força de lei, apresentar cada uma das quatro certidões negativas (...). Torna-se extremamente onerosa tal prática, principalmente quando verifica-se que a simples declaração prestada pelo funcionário produzirá os mesmos efeitos, diz o prefeito justificando seu veto.
Mas para os vereadores da oposição Cláudio Rodrigues (PPS) e Pastor Altemar Freitas (PSDB) há diversas razões para que o prefeito vete parte do projeto. Uma delas, é o número de demissões que se farão necessárias em função de contratações de funcionários com problema na justiça, também chamados de ficha suja.
-O prefeito vetou o artigo essencial na lei, que pede a comprovação através de documento da idoneidade, do futuro funcionário público. Se nós, antes de tomarmos posse precisamos providenciar toda esta documentação, porque eles querem vetar isso? Questionou o vereador Cláudio Rodrigues
Já o pastor Altemar chamou a atenção para o número de contratados que serão demitidos com a aplicação da lei.
-Ora, se o próprio prefeito admite que há mais de 700 cargos comissionados, como eles vão fazer para demitir muitos destes que podem ter ficha suja? E o cabide de emprego, como irá ficar? As vacas têm que continuar mamando na teta da prefeitura, alegou o vereador.
O projeto de lei Ficha Limpa, recentemente aprovado pela casa legislativa, é de autoria da vereadora Rita Vieira (PSDB). Ela, que é da situação, defendeu o veto e alegou que muitas certidões demoram até 30 dias para ficarem prontas, o que prejudicará a contração de um novo funcionário. Mas o vereador Cláudio Rodrigues atacou e disse que a justificativa apresentada por ela, não condiz com a realidade.
-Sabemos que hoje, qualquer declaração pode ser retirada pela internet e em no máximo, 48 horas. Infelizmente, vimos mais um projeto que poderia beneficiar a população cair no descrédito, finalizou.