terça-feira, 27 de outubro de 2009

Festival de atraso político

Festival de atraso político

Waldyr Senna Batista

Expira antes do final deste mês de outubro o prazo dado à Prefeitura, pelo Ministério Público local, para implantação do Centro de Convenções em terreno situado no Distrito Industrial, que foi doado ao município pela Fundetec ( fundação para pesquisa mantida por entidades de setor ruralista). Como a exigência não será atendida, o MP deverá promover a anulação da escritura de doação, com o imóvel retornando à entidade.
O Ministério do Turismo, ao tempo do ministro Walfrido Mares Guia, havia destinado recursos para o empreendimento, a que se integrou a continuidade da avenida Sidney Chaves. Como dinheiro público não pode ser aplicado em propriedade privada, promoveu-se a doação ao município de parte do terreno de 300 mil m2 que a Fundetec recebeu da empresa Eternit, que desistiu de implantar fábrica no Distrito Industrial. À avenida foram destinados R$ 8 milhões, dos quais metade foi liberada para execução do asfaltamento, sob justificativa de que o Centro de Convenções contribuiria para o turismo. A outra metade seria liberada após a comprovação da aplicação da primeira parcela.
Mas, tendo ocorrido a mudança de administração, mudou também a maneira de conduzir esse empreendimento. O prefeito Luiz Tadeu Leite chegou anunciando que o Distrito Industrial não é o local ideal para o Centro de Convenções. Melhor seria implantá-lo nas proximidades do aeroporto, região do Interlagos, onde ele diz pretender construir complexo de esporte e lazer.
A ideia parecia excelente, principalmente devido ao fato de que o projeto desse conjunto sócio-esportivo seria elaborado pelo arquiteto Oscar Niemayer, que assim homenagearia seu amigo Darcy Ribeiro. Mas o prefeito parece não ter sido informado de que a “amarração” que envolve o esquema em andamento impede o uso do dinheiro em outra área da cidade. Tem de ser no DI, ou não haverá dinheiro.
Quando ele tomou ciência dessa restrição, começou a mudar o enfoque: a Fundetec cuidaria de implantar seu projeto, que integra proposta mais ampla do Parque Tecnológico, e a Prefeitura desenvolveria o seu, com recursos a serem obtidos em outras fontes. Ou seja, conforme já foi dito aqui, a cidade teria dois centros de convenções, em vez de um.
Ou então não teria nenhum, como tudo indica que acontecerá, pois os R$ 2 milhões já depositados na Caixa Econômica foram levados de volta pelo Governo federal. E os R$ 4 milhões aplicados na avenida Sidney Chaves pela empreiteira de Dario Rutier não podem ser liberados devido ao impasse criado: se não haverá centro de convenções no DI, não se justifica aplicar dinheiro na construção da via de acesso. Com a agravante de que o município, além de não poder sacar a segunda parcela, de R$ 4 milhões, para conclusão da avenida, terá de devolver ao Governo federal os R$ 4 milhões da primeira etapa. O maior prejudicado nessa história kafkiana será o empreiteiro, que realizou a obra, arrematada em licitação pública, com medição já efetuada, e corre o risco de nada receber.
Essa pode vir a ser a maior trapalhada da história de Montes Claros, em se tratando de administração pública. Tudo porque, como sempre acontece no Brasil, as transições não se processam civilizadamente. Uma administração nada tem a ver com a anterior. A sucessora, em vez de dar prosseguimento às iniciativas de interesse do município, via de regra, cuidam de solapar o que encontrou em andamento.
No caso do Centro de Convenções, R$ 2 milhões já foram devolvidos; R$ 4 milhões não poderão ser liberados; e outros R$ 4 milhões nem serão depositados para a conclusão da avenida Sidney Chaves, cujas obras estão paralisadas sem levar a lugar nenhum.
A anulação da escritura de doação do imóvel da Fundetec, que poderá acontecer nos próximos dias, se não for encontrada uma saída, será apenas mais um lance desse nada recomendável festival de atraso político.

(Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a "Coluna do Secretário", n "O Jornal de M. Claros", publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política

domingo, 18 de outubro de 2009

Reflexões: Aposentar é... Redescobrir a vida?

Se dar bem, levar vantagem, todo mundo quer. Nos dias de hoje observa-se de forma acentuada o interesse na obtenção de resultados satisfatórios principalmente nos relacionamentos humanos. Conviver bem com o outro e sentir-se bem é o grande desafio. Busca-se construir relações sociais significativas, incluindo o sucesso financeiro e relacionamentos afetivos que sejam duradouros, consistentes e prazerosos.

Nas grandes instituições a gestão de recursos humanos seleciona profissionais cujo perfil sinalize tendências de solidariedade e cooperação, atitudes de empatia, cuidado, confiança e coerência. São posturas predefinidas para os relacionamentos interpessoais. Respeito e flexibilidade passaram a ser qualidades privilegiadas de forma específica, pois onde houver duas ou mais pessoas interagindo é fundamental desenvolver sentimentos que promovam na estrutura organizacional fortaleza e solidez.

Homens e mulheres ao assumirem compromissos e encararem mudanças radicais de vida como a sonhada aposentadoria, se descobrem com a saúde prejudicada, pelo estresse dos relacionamentos e por dificuldades na adaptação do cotidiano. Este fato é comprovado nas pesquisas realizadas por universidades e instituições interessadas, onde se detectou um grande número de pessoas dentro destas condições.

No sitio da Fundação Real Grandeza em 03/04/2008 matéria publicada sobre Qualidade de Vida, diz: "Aposentar-se pode ser prejudicial à saúde" e informa que no American Journal of Epidemiology, levantamento feito pela Universidade de Atenas (Grécia), acompanhou em torno de 17 mil homens e mulheres por quase oito anos e os participantes não tinham doenças prévias, como as cardiovasculares, diabetes ou câncer, no fim do estudo, feitos os ajustes estatísticos para que condições como tabagismo, obesidade e sedentarismo não influenciassem nos resultados, estes apontaram: aposentados apresentaram 51% mais risco de morte em relação aos que continuaram trabalhando. É assustador o enfoque dado por Christina Bamia, do departamento de higiene e epidemiologia desta Universidade, que conclui “aposentadoria pode envolver a deterioração do status econômico, o abandono de hábitos saudáveis ou a adoção de hábitos prejudiciais à saúde, além de todas as conseqüências psicossociais que ela envolve."

As informações aqui mencionadas servem de embasamento que atreladas à experiência da aposentadoria possibilitam um olhar reflexivo onde a necessidade de discorrer sobre o tema aflora e, “Mudanças de Comportamentos” passam a ser imperativos na nossa vida, portanto, neste trabalho, serão priorizadas, valorizadas, vivenciadas, exigindo habilidade lúdica com criatividade para fazer que a compreensão do leitor seja leve, prazerosa, relaxante.

Objetiva-se relatar pensamentos e fatos do cotidiano no sentido de desenvolver o exercício da reflexão, se deixar levar pelas sensações, situações e cheiros que remetam ao passado e possam trazer lembranças agradáveis, enfim, registrar sentimentos experienciados. Toma-se como base o aprendizado da vida, a luta pela vida e o despertar para a vida, ferramentas que serão utilizadas para o autoconhecimento e inserção dos que se enquadrarem neste contexto e querem redescobrir um novo sentido para esta etapa de vida.
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Optar por esta abordagem significa preparar melhor para viver este momento, redirecionar a trajetória no combate ao sedentarismo e motivar para a prática de atividades que promovam saúde e bem estar.

Pronto, este é o primeiro passo, aguardem a continuidade...

sábado, 3 de outubro de 2009

O carisma do presidente Lula – Rio2016

É preciso fazer uma pausa – é oportunidade única que o cidadão brasileiro vive. Emocionante o discurso do presidente Lula. Com determinação cobrou justiça para um país preterido durante muito tempo. Utilizou o dom da palavra e o seu carisma para com humildade e sensibilidade reivindicar direitos, ressaltou todos os pontos positivos para que o anseio nacional em sediar as olimpíadas de 2016 fosse atingido.

Necessário se faz reconhecer a sua contribuição, seu empenho e seu apelo. Demonstrou comprometimento, externalizou com palavras que traduziam os nossos sentimentos, nossas esperanças e sonhos. Emocionou todo o país que naquele momento não teve dúvida e um sentimento só invadiu todos os lares: a vitória é nossa! Colocou o Brasil num lugar de destaque, prestígio e reconhecimento mundial.

Um líder respeitado internacionalmente! O presidente conquistou o respeito e o carinho de todos nós, sua participação foi decisiva, o Brasil inteiro te agradece. Obrigada Presidente Lula por nos representar com competência e serenidade.

Nós merecemos. Preparemo-nos para acompanhar as Olimpíadas Rio 2016.