domingo, 27 de março de 2011

Fora Tadeu!!

No dia 19 de fevereiro de 2011 na cidade de Montes Claros ocorreu uma grande manifestação como nao se via a anos em nossa cidade, 4 mil pessoas segundo a Policia militar, munidas de cartazes, vuvuzelas, tambores, bandeiras e com caras pintadas, todos com um só objetivo,protestar contra a atual Administração da cidade, com o foco o Impechment do Prefeito = Luis Tadeu Leite. O manifesto parou o transito, parou o comércio, parou a cidade e repercutiu principalmente nas redes sociais, como mostra o video abaixo.


quarta-feira, 23 de março de 2011

SENSO COMUM

O que é senso comum?
O senso comum atinge o fato. Ignora o porquê, as causas, é incapaz de demonstrar o que afirma, baseia-se em opiniões. Uma opinião pode estar certa, mas é uma certeza espontânea, de quem não sabe fornecer explicações. Senso comum é aquela concepção que a população em geral tem sobre determinado assunto. É objeto de análise das Ciências Sociais. Por exemplo, embora não exista qualquer prova científica de que a frieza do ambiente cause resfriado, a população, em sua extensa maioria continua aceitando a idéia. O aborto por exemplo, só tem sentido como fenômeno social, taxas de ocorrência, lugares em que ocorrem e tipo de pessas que realizam, não interessa ao sociólogo os motivos ou se estão certas ou erradas.

CONTINUANDO...
Em livros e sites de Sociologia encontra-se muitas vezes a afirmação de que o senso comum é um conhecimento prático e a afirmação de que o senso comum é o mesmo que o conhecimento vulgar. No entanto, ambas as afirmações são incorrectas.
O senso comum inclui conhecimentos práticos (aquilo que se chama saber-fazer, como por exemplo saber cozer um ovo ou saber coser um botão), mas estes são apenas uma parte e não a totalidade do senso comum.
O senso comum inclui também superstições (crenças falsas e sem qualquer justificação plausível, como por exemplo acreditar que ver gatos pretos traz infelicidade) e crenças não supersticiosas sobre os mais diversos aspectos da vida (convicções morais, políticas, sociais, etc.), como por exemplo acreditar que se deve pagar as dívidas, que não têm um caráter prático.
Não se pode também dizer que o senso comum é o mesmo que o conhecimento vulgar. Os conhecimentos que fazem parte do senso comum são, sem dúvida, “vulgares”: são saberes simples, pouco elaborados e resultam da experiência de vida e não de investigações. Todavia, e como já foi dito, o senso comum inclui também superstições. Estas, sendo crenças falsas e sem justificação, não são conhecimentos. O problema não está, portanto, na palavra “vulgar” mas na palavra “conhecimento”. Não se pode identificar senso comum e conhecimento vulgar pois alguns conteúdos do senso comum não são conhecimentos.
As distinções que fiz entre senso comum e conhecimento prático e senso comum e conhecimento vulgar estão de acordo com a compreensão que os sociólogos habitualmente têm da natureza e do papel da Sociologia.
A segunda distinção é, nesse contexto, particularmente relevante. Os sociólogos reconhecem que têm de se precaver contra o senso comum. Alguns utilizam a esse respeito a expressão “ruptura com o senso comum”. O que tal expressão significa é que, para constituir conhecimentos sociológicos de carácter científico, o sociólogo não se deve deixar influenciar pelas crenças falsas que adquiriu no seio da sua comunidade ao longo do processo de socialização e não se deve contentar com as crenças verdadeiras que adquiriu do mesmo modo, pois aquelas são superstições enganadoras e estas não passam de conhecimentos vulgares e superficiais que precisam de ser aprofundados.