segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Falta o viés ideológico na eleição de 2010

20/09/2010 - 18:09

S. Barreto Mota

A presente eleição apresenta características únicas na história brasileira: pouco se discute ideologia. Os candidatos se baseiam em outros parâmetros. Com 80% de apoio popular, Lula lançou Dilma Roussef, que jamais disputou uma cadeira na Câmara de Vereadores e lidera as preferências. O candidato de oposição, José Serra, apresenta imagens de Lula, diz apenas que tem condições de fazer mais e melhor; não quer ser opositor, apenas um amigo mais experiente de Lula. Nem as denúncias recentes estimularam Serra a ser contundente nas críticas. No horário eleitoral, só o locutor do PSDB é que se refere à demissão de Erenice Guerra, que ocupava o cargo mais importante do poder Executivo. Marina Silva também não chega a personificar uma candidata oposicionista, pois ela relembra a todo instante que foi ministra de Lula.

É o caso de se perguntar onde está a disputa profunda, a busca de contradições, a polêmica entre direita e esquerda? Rica foi a disputa de 1989. Além de Collor de Mello e Lula, que foram para o segundo turno, havia opções para todos os matizes ideológicos: Affonso Camargo Netto, Fernando Gabeira, Roberto Freire, Aureliano Chaves, Ronaldo Caiado, Leonel Brizola, Mário Covas, Paulo Maluf, Guilherme Afif Domingos e Ulysses Guimarães - fora os nanicos, tendo à frente Enéas. Pelo menos no primeiro turno, o eleitor podia votar em um candidato bem próximo de seu pensamento.

O carisma de Lula e a exagerada força da União ajudam a ampliar distorções. Partidos e governadores são quase obrigados a se aliar ao presidente. O governo precisa de um bloco de apoio para governar que, levado a extremos, prejudica o sistema político. Hoje, Lula convive tranquilamente com Jáder Barbalho, Renan Calheiros e José Sarney. E os partidos ficam tentados a deixar de lado velhas bandeiras, em prol de um pragmatismo excessivo. Como maior partido do país, o PMDB tem grande parcela de culpa nessa "mexicanização" - que seria a substituição do debate ideológico pelo pragmatismo eleitoral e busca do continuismo. O partido apoiou oito anos de FHC e oito anos de Lula, mais nova investida com Dilma. Lula tem feito acordos com quem lhe aparecer pela frente, sem qualquer restrição. E o PSDB levará para sempre a pecha de ter instituído a reeleição sem qualquer sentido histórico, apenas por esperteza, para possibilitar a FHC ganhar um novo mandato consecutivo.

Um pouco mais de poesia, um pouco de Mahatma Gandhi

"Se eu pudesse deixar algum presente a vocês
Deixaria acesso ao sentimento de amar a vida dos seres humanos
A consciencia de aprender tudo que foi ensinado pelo tempo afora
Lembraria os erros que foram cometidos, para que não mais se repetissem
A capacidade de escolher novos rumos
Deixaria para vocês, se pudesse, o respeito para aquilo que é indispensável:
Além do pão, o trabalho
Além do trabalho, a ação.
E quando tudo mais faltasse, um segredo:
O de buscar no interior de si mesmo, a resposta e a força pra encontrar a saída."

sábado, 18 de setembro de 2010

Um pouco de poesia, de Drumond, de paz interior...

Desejos

Desejo a você
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não Ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O Brasil está mudando... (3)

Agência Estado - 10/09/2010 - 10:51
Governador do Amapá é preso em operação da PF

O governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), foi preso na manhã desta sexta-feira (10) em Macapá, capital do Estado, durante a Operação Mãos Limpas, deflagrada pela Polícia Federal (PF). O objetivo da operação é prender uma organização criminosa, composta por servidores públicos, agentes políticos e empresários, que praticava desvio de recursos públicos do Estado do Amapá e da União.
As investigações, que contaram com o auxílio da Receita Federal, Controladoria-Geral da União e do Banco Central (BC), começaram em agosto do ano passado. Foram apurados indícios de um esquema de desvio de recursos da União, que eram repassados à Secretaria de Educação do Estado do Amapá, provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
De acordo com a PF, a maioria dos contratos administrativos firmados pela Secretaria de Educação não respeitava as formalidades legais e beneficiava empresas previamente selecionadas. Para se ter uma ideia, apenas uma empresa de segurança e vigilância privada, segundo a polícia, manteve contrato emergencial por três anos com a secretaria, com fatura mensal superior a R$ 2,5 milhões, e com evidências de que parte do valor retornava, sob forma de propina, aos envolvidos.
De acordo com as investigações, foi constatado que o mesmo esquema era aplicado em outros órgãos públicos. Foram identificados desvios de recursos no Tribunal de Contas do Estado do Amapá, na Assembleia Legislativa, na Prefeitura de Macapá, nas Secretarias de Estado de Justiça e Segurança Pública de Saúde, de Inclusão e Mobilização Social, de Desporto e Lazer e no Instituto de Administração Penitenciária.
Foram mobilizados 600 policiais federais para cumprir 18 mandados de prisão temporária, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além do Estado do Amapá os mandados estão sendo cumpridos no Pará, Paraíba e São Paulo. Participam da ação 60 servidores da Receita Federal e 30 da Controladoria-Geral da União.
Os envolvidos estão sendo investigados pelas práticas de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, advocacia administrativa ocultação de bens e valores, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, tráfico de influência, formação de quadrilha, entre outros crimes conexos.

O Brasil está mudando... (2)

Nove dos 12 vereadores de Dourados (MS) foram presos na operação da PF
Prefeito da cidade, a primeira-dama e servidores também foram presos.
Assessoria da prefeitura e da Câmara divulgarão nota ainda nesta quarta.
Do G1, em Brasília
A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (1), em Dourados (MS), 28 pessoas suspeitas de práticas de fraude à licitação, corrupção ativa e formação de quadrilha, entre elas o prefeito da cidade, nove vereadores e cinco secretários municipais. As assessorias de imprensa da prefeitura e da Câmara informaram que irão divulgar uma nota após tomarem conhecimento dos motivos das prisões.
A assessoria da Câmara dos Vereadores afirmou que irá aguardar os rumos da investigação para tomar as providências cabíveis. Dos 12 vereadores da cidade, nove estão entre os presos. Além disso, outros dois foram convocados para prestar depoimento da PF. Ainda segundo a assessoria, nenhum outro funcionário da Câmara foi preso. O procurador jurídico da câmara, Ailton Stropa foi até a Polícia Federal para acompanhar e analisar o caso. “Todos [vereadores] com quem conversei negaram as acusações”, afirma o procurador. Ele prestou um “atendimento emergencial”, agora cada preso deve ser atendido por advogados.
Também foram presos a primeira-dama de Dourados, o assessor do prefeito, o diretor de departamento de licitações, e o gestor de compras da prefeitura. O restante dos mandados de prisão é para empresários da região.
A PF afirma que as investigações começaram em maio e que, ao todo, cumpre 29 mandados de prisão temporária e 38 conduções coercitivas (para prestar depoimento) na chamada Operação Uragano. A PF informou que foram encontrados cerca de R$ 150 mil reais em espécie na casa do prefeito.
As prisões são temporárias com duração de cinco dias e pode ser prorrogadas para mais cinco dias. Cerca de 200 policiais federais participaram da operação. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e pela 1ª Vara Criminal de Dourados. De acordo com a PF, as fraudes consistem no direcionamento de licitações por meio de corrupção de servidores públicos e agentes políticos.
"Os acordos fechados com as empresas escolhidas ilicitamente rendiam 10% do valor do contrato. Os valores arrecadados serviam para o pagamento de diversos vereadores de Dourados (da situação e da oposição), para caixa de campanha e compra de bens pessoais do prefeito", informou a polícia em nota.

domingo, 29 de agosto de 2010

Eleição sem política

MARCO ANTONIO VILLA
Folha de S.Paulo, 25.08.2010

Como um aluno relapso, a oposição faltou justo na hora da prova, a eleição

GANHAR ELEIÇÃO é uma possibilidade, fazer política é um imperativo. O Brasil poderá com esta campanha inaugurar uma nova forma de pleito presidencial: sem debate, sem polêmica, sem divergência e sem oposição.
Nas últimas cinco eleições tivemos disputa em três delas. Mas disputa mesmo, só em 1989. Em 1994 e 1998, FHC venceu Lula facilmente, as duas no primeiro turno.
Em 2002 e 2006, Lula foi como franco favorito para o segundo turno. Eu esperava que teríamos uma eleição diferente em 2010: sem Lula e com oposição que transformasse o pleito em um momento de amplo debate nacional.
Rotundo equívoco. Lula é candidatíssimo, aparece mais que Dilma. E pior: a oposição não apareceu ao encontro marcado. Como um aluno relapso, faltou justamente no momento da avaliação, a eleição.
Na República Velha, a oposição concorria sabendo que o resultado seria fraudado. Era o momento de, ao menos, marcar posição e acumular forças para um novo embate. Agora -e de forma surpreendente- nem isso está ocorrendo. Confesso que a cada dia que assisto ao horário eleitoral fico mais estarrecido.
Este triste panorama terá efeito direto sobre o Legislativo. Tudo indica que o futuro Congresso será muito mais governista que o atual. E também com um número expressivo de "deputados cacarecos", o maior da história recente, produto direto da inexistência do debate político.
A despolitização abre campo para que ex-jogadores de futebol, comediantes, cantores e celebridades instantâneas sejam considerados puxadores de votos para partidos de todos os matizes.
Outro efeito nefasto da despolitização é a permanência (e até ampliação) dos representantes dos oligarcas. Quase todos os sobrenomes que simbolizam o que há de pior na política brasileira estão apoiando a candidata oficial. São espertos. Tratam Lula como se fosse um dos seus. E, por incrível que pareça, ele acabou se transformando em uma espécie de "capo" dessas famílias.
Parodiando Sílvio Romero, no célebre discurso de recepção a Euclides da Cunha na ABL, Lula chegou "à suprema degradação de retrogradar, dando, de novo, um sentido histórico às oligarquias locais e outorgando-lhes nova função política e social".
A apatia política tem preço. E muito alto para o país. A fuga da oposição do debate, o medo do enfrentamento, a recusa de se opor, pode abrir caminho para um longo domínio do Estado por parte de um bloco conservador, sem espírito republicano, com tinturas caudilhistas e desejos de impor sua vontade à força.

MARCO ANTONIO VILLA é professor do Departamento de Ciências Sociais da UFSCar.

sábado, 28 de agosto de 2010

A importância de eleger bons senadores e deputados

Em ano de eleição, atenção aos eleitos para o Congresso Nacional, pois eles definirão o novo PNE

Estamos em pleno processo eleitoral, em que serão disputadas vagas de presidente da República, governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais. É um momento de mudança ou de manutenção das pessoas que devem definir as novas leis, alterar as já existentes e, certamente, cumpri-las. Por tradição, tendemos a dar mais atenção às eleições para os cargos executivos (presidente e governador), até porque são mais polarizadas em poucos candidatos, que utilizam mais tempo na mídia. E dedicamos pouca importância aos pretendentes aos cargos legislativos, inclusive devido à imagem degradada por inúmeros casos de corrupção e pela confusão pelo fato de haver incontáveis concorrentes.

É bom lembrar que, não fossem os congressistas, as creches estariam excluídas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), conforme previa o projeto original do governo federal. E que, também graças a eles, o Brasil tem um piso salarial profissional nacional para os professores, só não implantado em todo o país devido à oposição de governadores e prefeitos. Seria possível listar outras ações essenciais dos legisladores, o que não faz deles santos e tampouco permite afirmar que sejam dispensáveis.

Os poderes legislativos, apesar do nome, têm funções muito mais relevantes do que apenas propor e votar leis. É claro que ter boas ideias e compromissos com uma legislação que aprimore os sistemas educacionais é importante, mas não basta. Senadores e deputados devem: fiscalizar as ações dos governantes; garantir que nós, educadores, possamos participar dos debates para a elaboração de novas leis educacionais; pressionar para que os poderes executivos cumpram a legislação que interessa à melhoria das escolas; denunciar e brigar para que leis prejudiciais à Educação não sejam implantadas; e defender governos com boas intenções ou se opor aos incompetentes.

Esses diferentes papéis podem ser exercidos ou não, dependendo tanto dos legisladores como de nós, eleitores. Precisamos eleger representantes comprometidos e cobrar deles intervenções coerentes com o prometido em campanha. De certo modo, a sociedade precisa se educar para a democracia fruir e, nesse processo, gerar legisladores educados que respondam à altura daqueles que representam - ou seja, a máxima de que os políticos são o reflexo da população, que inclui professores e gestores escolares.

Eleições são uma parte (pequena, é fato) da democracia - e esta deve ser vivida e construída cotidianamente. Em termos da Educação brasileira, nossos problemas principais não são a falta de leis ou a redação precária ou insuficiente delas, apesar de ainda podermos avançar. Nós conhecemos pouco a legislação, raramente somos consultados sobre as mudanças e não temos conseguido fazer cumprir as muitas (e boas) leis relacionadas ao ensino. Eleger bons legisladores é um caminho para melhorar a Educação, lembrando que os futuros congressistas têm como meta definir o novo Plano Nacional de Educação (PNE), o número máximo de alunos por sala de aula, o custo-aluno-qualidade e outros assuntos que vão afetar o nosso dia a dia.

Juca Gil

É professor de Políticas Educacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Fonte: revistaescolaabril.com.br/Gestão Escolar

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O Brasil está mudando...

DECISÃO PROFERIDA PELO JUIZ RAFAEL GONÇALVES DE PAULA
NOS AUTOS DO PROC Nº 124/03 - 3ª Vara Criminal da Comarca de Palmas/TO:


A Escola Nacional de Magistratura incluiu em seu banco de sentenças, o despacho pouco comum do juiz Rafael Gonçalves de Paula, da 3ª Vara Criminal da Comarca de Palmas, em Tocantins. A entidade considerou de bom senso a decisão de seu associado, mandando soltar Saul Rodrigues Rocha e Hagamenon Rodrigues Rocha, detidos sob acusação de furtarem duas melancias:

DECISÃO

Trata-se de auto de prisão em flagrante de Saul Rodrigues Rocha e Hagamenon Rodrigues Rocha, que foram detidos em virtude do suposto furto de duas (2) melancias. Instado a se manifestar, o Sr. Promotor de Justiça opinou pela manutenção dos indiciados na prisão.

Para conceder a liberdade aos indiciados, eu poderia invocar inúmeros fundamentos: os ensinamentos de Jesus Cristo, Buda e Ghandi, o Direito Natural, o princípio da insignificância ou bagatela, o princípio da intervenção mínima, os princípios do chamado Direito alternativo, o furto famélico, a injustiça da prisão de um lavrador e de um auxiliar de serviços gerais em contraposição à liberdade dos engravatados e dos políticos do mensalão deste governo, que sonegam milhões dos cofres públicos, o risco de se colocar os indiciados na Universidade do Crime (o sistema penitenciário nacional)...

Poderia sustentar que duas melancias não enriquecem nem empobrecem ninguém. Poderia aproveitar para fazer um discurso contra a situação econômica brasileira, que mantém 95% da população sobrevivendo com o mínimo necessário apesar da promessa deste presidente que muito fala, nada sabe e pouco faz.
Poderia brandir minha ira contra os neo-liberais, o consenso de Washington, a cartilha demagógica da esquerda, a utopia do socialismo, a colonização européia....

Poderia dizer que George Bush joga bilhões de dólares em bombas na cabeça dos iraquianos, enquanto bilhões de seres humanos passam fome pela Terra - e aí, cadê a Justiça nesse mundo?

Poderia mesmo admitir minha mediocridade por não saber argumentar diante de tamanha obviedade.

Tantas são as possibilidades que ousarei agir em total desprezo às normas técnicas: não vou apontar nenhum desses fundamentos como razão de decidir.

Simplesmente mandarei soltar os indiciados. Quem quiser que escolha o motivo.

Expeçam-se os alvarás.

Intimem-se.

Rafael Gonçalves de Paula

Juiz de Direito

sexta-feira, 23 de abril de 2010

campanha dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).

100 anos da vírgula‏, Sobre a Vírgula
Sobre a Vírgula


Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere..

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.



Detalhes Adicionais:

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUAPROCURA.


* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...