domingo, 31 de julho de 2011

Mais um pouco de Paulo Coelho

A Suavidade Ajuda a Construir

O mosteiro na margem do rio Piedra está cercado por uma linda vegetação – verdadeiro oásis nos campos estéreis daquela parte da Espanha. Ali, o pequeno rio transforma-se numa caudalosa corrente, e se divide em dezenas de cachoeiras.
O viajante caminha por aquele lugar, escutando a música das águas. De repente, uma gruta – debaixo de uma das cachoeiras – chama sua atenção. Ele olha cuidadosamente a pedra gasta pelo tempo, as belas formas que a natureza cria com paciência. E descobre, escrito numa placa, os versos de R. Tagore:
— Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção.
Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.

O mosteiro pode acabar

O mosteiro atravessava tempos difíceis: por causa da nova moda, que afirmava que Deus era apenas superstição, os jovens já não queriam mais ser noviços. Uns foram estudar sociologia, outros passaram a ler tratados de materialismo histórico, mas – pouco a pouco – a pequena comunidade que restou foi-se dando conta que seria necessário fechar o convento.
Os antigos monges foram morrendo. Quando o último deles estava pronto para entregar sua alma ao Senhor, chamou ao seu leito de morte um dos poucos noviços que restavam.
-Tive uma revelação – disse. – Este mosteiro foi escolhido para algo muito importante.
-Que pena – respondeu o noviço. – Porque só restam cinco rapazes, e não podemos dar conta de todas as tarefas, quanto mais de uma coisa importante…
-É uma pena mesmo. Porque, aqui no meu leito de morte, um anjo apareceu, e eu entendi que um de vocês cinco estava destinado a tornar-se um santo.
Disse isto, e expirou.
Durante o enterro, os rapazes olhavam-se entre si, espantados. Quem teria sido o escolhido: aquele que mais ajudava os habitantes da aldeia? O que costumava rezar com uma devoção especial? Ou o que pregava com tal entusiasmo que os outros sentiam-se à beira das lágrimas?
Compenetrados pela presença de um santo entre eles, os noviços resolveram adiar um pouco a extinção do convento, e passaram a trabalhar duro, pregar com entusiasmo, reformar as paredes caídas, praticar a caridade e o amor.
Certo dia, um rapaz apareceu na porta do convento: estava impressionado com o trabalho dos cinco rapazes, e queria ajudá-los. Não demorou uma semana, outro jovem fez o mesmo. Aos poucos, o exemplo dos noviços correu a região.
-Os olhos deles brilham – dizia um filho ao seu pai, pedindo para entrar para o mosteiro.
-Eles fazem as coisas com amor – comentava um pai com seu filho. – Vê como o mosteiro está mais belo do que nunca?
Dez anos depois, já havia mais de oitenta noviços. Nunca se soube se o comentário do velho monge era verdadeiro, ou se ele tinha encontrado uma fórmula para fazer com que o entusiasmo devolvesse ao mosteiro a sua dignidade perdida.

extraído de: g1.com/paulo coelho

domingo, 24 de julho de 2011

A VOZ DO PROFESSOR - de José Fernandes.

O professor José Fernandes é meu amigo no face, gostaria de recomendar a leitura deste artigo, estou certa que vão gostar.

ESTAMOS ATRAVESSANDO um momento histórico muito singular. Encontramo-nos na transição da
era moderna para a era pós-moderna. O mundo experimenta uma série de transformações estruturais, sociais, políticas, culturais, estéticas, econômicas, entre outras, que desestabilizam os modelos de referência que ofereciam aos indivíduos um lugar seguro e estável na sociedade.

A sociedade moderna caracterizava-se por organizar-se em torno de regras bem definidas, ou, no mínimo, esforçava-se para que assim fosse. Trabalhava-se pela manutenção da ordem e do progresso. Acreditava-se que o progresso seria resultante da ordem, isto é, se cada coisa estivesse no seu devido lugar, se cada cidadão estivesse fazendo o que devesse fazer, mandando quem pudesse mandar e obedecendo quem tivesse juízo, o progresso viria por consequência. Daí a expressão da nossa Bandeira Nacional, ordem e progresso, em evocação ao positivismo francês, que foi o berço dessa ideia. A visão social da modernidade era uma visão voltada para a coletividade. Os valores, as instituições, as tradições precisavam ser preservados em nome da coletividade, pois tudo isso era um patrimônio desta. Manter isto, não só o patrimônio material, mas, principalmente, o patrimônio simbólico, cultural, ideológico, entre outros, significava trabalhar pela manutenção da ordem necessária para que houvesse o consequente progresso. Educar o indivíduo significava trazê-lo para dentro dessa vida social já definida e regulamentada pelos seus antepassados, dignos de toda a reverência e respeito, por quem também houveram sido ditadas todas as regras da moral e dos bons costumes. Se a tarefa de governar era, precipuamente, o ato manter esse patrimônio e zelar dele, educar era não apenas manter ou zelar, mas, sobretudo, transmitir esse patrimônio. Tal tarefa cabia aos pais, em primeiro lugar e, em segundo, aos professores.

Por esse motivo é que, nessa época, havia uma noção bem clara do que significava a figura de autoridade. As pessoas sabiam exatamente quem era autoridade. A autoridade era aquela pessoa investida do poder de manter, proteger e transmitir as tradições e os valores coletivos. Assim, as autoridades eram, além de os pais e os professores, também os políticos, os policiais, os juízes e assim por diante.

A aproximação da grande transformação comportamental da sociedade, que veio a chamá-la de pós-moderna, trouxe com ela o enfraquecimento e a desestabilização gradativos dessas estruturas e desses valores, a ponto de que, em nossos dias, assistimos ao seu quase total desmoronamento. Perderam-se referenciais, perdeu-se a noção de bens da coletividade. Perdeu-se a ideia de quais valores e tradições sejam válidos e devam ser transmitidos. Não mais há uma noção de progresso a que se queira chegar. Simplesmente vive-se um dia após o outro, como se em meio a um turbilhão incessante. Hoje tudo é veloz, mutável, passageiro, obsoleto, e a ideia de manter-se algo caiu de moda quando não é, até mesmo, vista como contraditória. Desse momento em diante, caíram também as figuras de autoridade, pois, se não mais existe um modelo estável de sociedade, nem valores minimamente permanentes que a representem, a serem defendidos e transmitidos, logo, as pessoas que, antes, exerciam esse papel são também aniquiladas. Faz parte do painel pós-moderno, pois, a grande crise de autoridade.

Os professores da geração atual, ou pelo menos uma grande parte deles, foram formados segundo os padrões da antiga sociedade moderna, onde a voz do professor tinha força e sentido, por isso era ouvida. Os professores eram, então, autoridades. Hoje, quando aqueles valores e conceitos caducaram-se, a voz dos professores, se ainda resiste em falar, é um som que ecoa sem encontrar ouvidos dispostos a ouvir. A voz dos professores reverbera entre as paredes de uma sala de aula assim como o faz a luz remanescente de estrelas mortas há milhões de anos. Os alunos com os quais os professores têm de lidar são indivíduos da era pós-moderna que não chegaram sequer a conhecer o modelo de sociedade do tempo de seus mestres e a maneira como ela funcionava, do mesmo modo que muitos dos pais desses alunos, que por tê-los concebido precocemente, ainda na adolescência, são também cidadãos desse mesmo tempo e possuem uma visão de mundo idêntica à dos seus próprios filhos. Esse é o grande problema de ordem sociológica que a educação escolar está enfrentando, e do qual ela não poderia escapar, pois é natural que turbulências dessa natureza ocorram no ponto de transição entre duas épocas.

A referida crise de autoridade faz-nos crer que a sociedade esteja entregue ao caos. Todos os desequilíbrios sociais que se propagam neste período de transição formam um quadro que nos provoca diversos mal-estares, entre os quais o de nos fazer imaginar que aquela expressão é proibido proibir, escrita nos muros de Paris, em 1968, encontrou nos nossos dias o seu tempo de realização. A polícia prende o bandido, mas as leis mandam soltá-lo, quando não o mandam as leis, mandam-no o dinheiro e esse, sim, o faz com inequívoca eficiência e rapidez; outra hora, não é mais o bandido quem vai preso, mas, sim, a própria polícia, que outrora era a autoridade; a figura do político, que era uma das maiores representatividades da ordem e dos bens públicos, agora usurpa-os e torna-se protagonista tragicômica das falcatruas mais escandalosas da nação, resultando em que as instituições governamentais estejam sendo ocupadas, e até mesmo lideradas, por indivíduos gozadores, brincalhões e oportunistas, eleitos com o voto da indignação de um povo que não mais acredita em quem deveria ser sério.

Toda essa prostituição dos valores, promovida pelos adultos, vai sendo assimilada pelas crianças, adolescentes e jovens, de modo que estes, subconscientemente, passem a orientar seu comportamento conforme esses exemplos a que são ostensivamente expostos. O aluno, em sua sala de aula, ouve a voz do professor sussurrar fraca e tímida, tentando incutir-lhe ideias de ética e cidadania, mas a vida real lá fora, que é muito mais convincente na percepção do educando, faz-lhe parecer que aquilo que o professor está dizendo são apenas teorias vãs ou espécies de ficções românticas. Hoje, pais não mais controlam seus próprios filhos dentro de suas casas e esperam que os professores o façam inteiramente por eles dentro da escola, ao mesmo tempo em que, por lei, cada vez menos os professores podem agir para coibir infrações de alunos. Os governos, não sabendo mais o que fazer para diminuir a presença de menores delinquentes nas ruas, aproveitam a ideia da “escola inclusiva”, que na teoria é uma coisa correta e boa, e convertem-na numa prática perversa, pois tem servido apenas para fazer da escola um curral onde se amontoam, num mesmo espaço, crianças e adolescentes de bem junto com delinquentes perigosos, bem como submetem estudantes com necessidades especiais a situações de desamparo e abandono, sem o devido cuidado, já que são colocados em salas de aula comuns, lotadas e sem as adaptações necessárias à suas demandas e, ainda, esses alunos têm de contar apenas com professores de formação comum, sem o devido preparo para dar-lhes o atendimento de que precisam e que merecem. Ou seja, está tudo errado. Estamos dentro de uma crise estrutural e ética macrossocial e, tudo isso, sob os auspícios de um sistema político psicopata. O problema educacional origina-se na esfera familiar, consolida-se em virtude das falhas graves da gestão pública da educação escolar, mas, no fim das contas, quando se constata o fracasso do jovem como aluno e como pessoa, os olhos que procuram logo achar um culpado costumam voltar-se em peso apenas na direção dos professores.

Na era pós-moderna, vive-se o tempo do individualismo e do imediatismo. Alinhados com esse pensamento, os pais já não incutem nos filhos a ideia de respeito à figura do professor, pois não mais o veem como modelo ou representante de quaisquer valores que seu filho deva herdar. Nesses tempos de individualismo e imediatismo, aos pais basta que os filhos tenham boas notas bimestrais, e nada mais. Obviamente, esse não é modo de se comportar de todos os pais. Trata-se, aqui, da descrição de um fato social que é a tendência atual, e que não é uma teoria, mas, sim, é o que ocorre concretamente no dia a dia das escolas.

Embora esteja sufocada e desacreditada, a voz do professor ainda não se calou totalmente, pois a educação escolar continua sendo um dos âmbitos sociais menos susceptíveis a aceitar a perda da autoridade, a achincalhação e a presença do caos, mesmo que alguém explique que esse caos seja aparente, e que se trate apenas de um fenômeno de transição entre duas épocas. Enquanto esse estado de coisas permanece, porém, o professor adoece psiquicamente, até mesmo sem perceber. Os consultórios médicos nunca estiveram tão cheios de professores enfermos como ocorre na atualidade. Nos atendimentos psicoterápicos, quando os professores vão contar como são as suas com o trabalho, começam falando de sua felicidade pela escolha que um dia fizeram da profissão, falam do seu verdadeiro prazer em ensinar, de seus velhos ideais com a educação; mas, gradativamente seu discurso vai tomando um tom angustiado e começam a enumerar problemas, até que, quando menos esperam, estão com os olhos banhados de lágrimas, descrevendo a prática docente como uma insuportável experiência de sofrimento diário. O alto grau de frustração, a sensação de inutilidade de seu trabalho, a falta de respeito e desinteresse dos alunos e indiferença por grande parte da sociedade, levam os professores ao esgotamento de suas energias físicas e emocionais, gerando quadros de depressão e doenças psicossomáticas diversas.

Vou encerrar citando o papa João Paulo II, que não viveu para ver os efeitos da transição para a pós-modernidade alcançarem as proporções cataclísmicas de nossos dias, mas que, até ao ponto em que ele conseguiu perceber o rumo das coisas, expressou-se a esse respeito, proferindo as seguintes palavras: “(...) este período de mudanças rápidas e complexas deixa, sobretudo, os jovens, a quem pertence e de quem depende o futuro, com a sensação de estarem privados de pontos de referência autênticos. A necessidade de um alicerce, sobre o qual construir a existência pessoal e social, faz-se sentir de maneira premente, principalmente quando se é obrigado a constatar o caráter fragmentário de propostas que elevam o efêmero ao nível de valor, iludindo, assim, o verdadeiro sentido da existência”[1]. Não tenho dúvida de que a construção desses alicerces, sugeridos por João Paulo II, bem como o vislumbre de um novo e melhor sentido para a nossa existência, só serão alcançados mediante o trabalho sagrado de quem educa e o respeito à sua voz.



[1] Carta Encíclica Fides et Ratio, do Sumo Pontífice João Paulo II, em 14 de setembro de 1998.

Artigo de autoria do escritor José Fernandes, publicado originalmente no site www.escritorjosefernandes.com, em 24 de julho de 2011. Seu uso e divulgação são liberados desde que dele não se faça uso comercial, não se façam alterações no texto e que seja citada a fonte.



PALESTRAS COM JOSÉ FERNANDES (de Espera Feliz - MG)
Psicanalista, educador, palestrante, escritor, colunista da revista O Essencial (Divinópolis - MG), da Revista Contexto (Manhuaçu - MG) e do Jornal do Vale (Carangola - MG - antiga Gazeta de Carangola - MG, desde 1917)

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"Uma das frases mais interessantes que conheço é aquela de Eduardo Galeano: Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos. Quando escrevo, ou quando falo, é isso que tenho em mente, quero contribuir de alguma forma para mudar o que somos, fazendo com que hoje sejamos melhores do que fomos ontem, e amanhã sejamos melhores do que somos hoje."

(José Fernandes)

Amy Winehouse - Rehab - Live HD

sábado, 23 de julho de 2011

Famosos lamentam no Twitter a morte de Amy Winehouse

O corpo da cantora britânica foi encontrado em seu apartamento, no norte de Londres.

Do EGO, no Rio


Reprodução/Reprodução

Amy Winehouse (arquivo)

A morte da cantora Amy Winehouse, cujo corpo foi encontrado em seu apartamento no norte de Londres neste sábado, 23, chocou a classe artística. No Twitter, famosos comentaram a notícia:

Kelly Osbourne: "Eu não posso sequer respirar direito agora. Estou chorando tanto porque acabei de perder uma das minhas melhores amigas. Eu te amo para sempre e nós nunca vamos esquecer você"

Sean Kingston: "Uau! Amy Winehouse está Morta!! Eu era um grande fã e amei aquela mulher. Descanse em paz. Estou arrasado"

Demy Moore: "É verdadeiramente triste a notícia sobre Amy Winehouse. Meu coração vai para a sua família. Que a sua alma perturbada encontre a paz"

Kim kardashian: "Acabei de ouvir a notícia de que Amy Winehouse morreu. Um verdadeiro talento. Peço que ela esteja em um lugar melhor e em paz".

Demi Lovato: "É tão triste...Infelizmente o mundo perdeu uma mulher incrivelmente talentosa para uma doença tão poderosoa... o vício. Descanse em paz.

AJ McLean (Backstreet Boys): "Você é um talento insubstituível. Meus pensamentos e orações vão para sua família e entes queridos!"

Natália Castro: "Amy.....tanto talento....tão cedo! Uma pena!"

Jessica Alba: "Muito triste sobre Amy Winehouse. Ela era muito talentosa! É realmente trágico"

Rihanna: "Meu Deus, tenha piedade! Estou doente com a notícia da morte da Amy"

Sandy: "E a Amy morreu... Pode ser ingenuidade minha, mas achei que uma hora ela ia sair desse caminho e VIVER da música dela, q era boa. Q triste..."

Ricky Martin: "Você foi muito forte. Descanse em paz. Agora você é livre!"

Ashton Kutcher: "Descanse em paz, Amy Winehouse"

Guilhermina Guinle: "Estou vendo na Globo agora.... É isso mesmo... Amy Winehouse morreu aos 27 anos! Muito triste! Muito! Ela era tãaaao talentosa....."

Glória Perez: "Que triste! Amy Winehouse morreu!"

Bruno De Luca: "Fiquei triste pela morte da Amy... Pô, ela não devia poder ficar sozinha..."

Carolina Dieckmann: "Meu Deus... A Amy morreu... Coração apertado, doeeendo!"

Mariana Belém: Só sei que estou triste. O mundo perde e perde muito musicalmente"

Renata Ceribelli: "Triste."

Cássio Reis: "Bye Amy."

Fernanda Paes Leme: "Jovem, mega talentosa e muuuito doida....foi-se Amy! Pena..."

Marcelo Médici: "Espero que seja um engano. No fundo sabíamos que isso iria acontecer. Triste."

Mayra Dias Gomes: "É triste demais quando alguém tem um talento como o dela, mas não consegue se libertar dos seus demônios. Meu coração está com os viciados."

Bárbara Evans: "Muito triste mesmo sabendo que isso ia acontecer em breve, não achei que seria tão próximo. Isso mostra que a droga não escolhe classe social."

Giovanna Ewbank: "Que triste...estou pessima pela noticia da Amy Winehouse, mesmo jah sabendo oq aconteceria...mto triste!"

Fiuk: "Cada um faz as suas escolhas, né Amy? Cuidado com as drogas galera! 27 anos é brincadeira!!!"

Daniele Valente: "E Amy Winehouse virou mito e a maior propaganda contra as drogas."

Preta Gil: "Pousamos em SP e fiquei triste demais e chocada com a notícia da morte da Amy Winehouse, uma artista única de um talento imenso, que perda!!"

Dany Bananinha: "Perdemos uma grande artista pra essa Droga que se chama Droga!!!"

Bianca Jahara: "Para os "seguidores" da Amy que coloquem a mãozinha na consciência e se liguem que esse glamour em volta dessa droga absurda ACABOU !!!"


Hino Nacional da Propaganda

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Meu nome é trabalho, Arlindo Cruz

"É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo, ao vazio. Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso. Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido. Tendo consciência de que, cada homem foi feito para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro.
Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não use Rider, não dê férias a seus pés. Não sente-se e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: eu não disse!, eu sabia!
Toda família tem um tio batalhador e bem de vida. E, durante o almoço de domingo, tem que agüentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo que ele faria, se fizesse alguma coisa. Chega dos poetas não publicados. Empresários de mesa de bar. Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansear, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar. Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem. De 8 às 12, de 12 às 8 e mais se for preciso. Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio, que é a morada do demônio, e constrói prodígios.
O Brasil, este país de malandros e espertos, da vantagem em tudo, tem muito que aprender com aqueles trouxas dos japoneses. Porque aqueles trouxas japoneses que trabalham de sol a sol construíram, em menos de 50 anos, a 2ª maior megapotência do planeta.Enquanto nós, os espertos, construímos uma das maiores impotências do trabalho. Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam. Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama sucesso."
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segunda-feira, 18 de julho de 2011

VIDA (Charles Chaplin)

“Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis e
esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
quando nunca pensei me decepcionar,
mas também decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
já fiz amigos eternos,
já amei e fui amado,
mas também fui rejeitado,
já fui amado e não soube amar.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
mas “quebrei a cara” muitas vezes!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só pra escutar uma voz,
já me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade e...
... tive medo de perder alguém especial
(e acabei perdendo)! Mas sobrevivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida...
E você também não deveria passar. Viva!!!
Bom mesmo é ir a luta com determinação,
abraçar a vida e viver com paixão,
perder com classe e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve e
A VIDA É MUITO
pra ser insignificante”

terça-feira, 5 de julho de 2011

Serrat, Gieco y Mercedes Sosa - Sólo le pido a Dios



Eu só peço à Deus...
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia
Solitário sem ter feito o que eu queria...

Eu só peço à Deus...
Que a justiça não me seja indiferente
Pois mal posso dar a outra face
Já que fui machucado brutalmente...

Eu só peço à Deus...
Que a guerra não me seja indiferente
É um monstro grande e pisa forte
Toda pobre inocência dessa gente...

Eu só peço à Deus...
Que a mentira não me seja indiferente
Pois se só um traidor tem mais poder que um povo
Que este povo não esqueça fácilmente...

Eu só peço à Deus...
Que o futuro não me seja indiferente
Sem ter quer fugir desenganado
Para viver uma cultura diferente...

Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=151760#ixzz1RGTvb5uT
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

Traduzir-se

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.

Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.

Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.

Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.

Traduzir uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?

Ferreira Gullar