quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O perfil do candidato ideal a prefeito de Montes Claros por João Batista Almeida Costa

O perfil do candidato ideal a prefeito de Montes Claros
por João Batista Almeida Costa, domingo, 6 de fevereiro de 2011 às 21:26

O montesclarense, ou como queiram alguns, o montesclarino, é chegado na política de destuir Montes Claros, que apesar da ação de seus filhos continua, como boa catrumana, a avançar em direção ao que conquistou por si, ser um lugar punjante, vibrante, vivo.

Pensemos a história dos prefeitos eleitos nos últimos tempos:

Após a safra de prefeitos que procuraram tirar a cidade da pacata vida rural, transformando-a em urbana, como Simeão Ribeiro, Toninho Rebello - entremeados por Pedro Santos - tivemos o Moacir Lopes que nada fez. Depois veio o Tadeu Leite que com os 12 milhões de dolares do programa cidade de porte médio, dotou a cidade de uma infra-estrutura capaz de bloquear a sangria desatada desde a expropriação de terras das populações rurais desde os anos 1960 em direção às capitais do país. E fez um péssimo trabalho, se comparar o calçamento de pedras feitos em Montes Claros e Itamaraju na Bahia, se verá como isto aqui foi feito "nas cochas". Deixou uma dívida monstruosa que Maria Ribeiro ficou dois anos em "economia de guerra" com a participação consciente dos funcionários que depois foram agraciados com reajustes salariais jamais vistos na história da cidade. E sua administração, acertou a casa, pos a máquina para funcionar.

Aí votou Tadeu, cuja obra mais importante foi o tapamento do Corrego do Genipapo, aquele que nasce no São Judas e desce embaixo da Avenida Sanitária até cair no rio Vieira. Como marca do seu segundo mandato, perseguição à esposa de Mário Ribeiro com acusações horripilantes, o desmonte da administração e não conseguir nem se eleger deputado quando foi candidato novamente.

Depois Jairo Athayde que mais se preocupou em eleger Ana Maria para deputada do que continuar a dotar a cidade da infra-estrutura que ela requer. Para não ser injusto com ele e com Tadeu, continuaram a implantar a retificação dos córregos e rios com a construção de avenidas ao longo dos cursos de água. Se bem, que a primeira retificação de Tadeu, a do Córrego do Cintra que não estava incluida no Programa Cidade de Porte Médio, mas cujo financiamento já tinha sido contratado por Toninho Rebello e não teve como não atacar a obra, com sua marca registrada, de baixa qualidade.

E, por fim o Athos, que ficou um tempo pagando as dividas de Tadeu e Jairo e ajustando a prefeitura e começou a fazer boas obras, mas as boas intenções e os desacertos dentro da equipe, fez com que desse com os burros n´água em seu projeto de continuar prefeito.

E voltou Tadeu, o arquétipo do prefeito que o montesclarense / montesclarino adora.

Então, resumamos aqui o perfil da campanha para se ser bem eleito:

1. Ampliar o número de buracos na malha urbana, até que o chão vermelho do sertão reapareça e eleve aos ares a poeira vermelha de que todos têm saudade.

2. Encher a prefeitura de gente que não faz nada e que só recebe o salário ao final do mês. Aliás, fazem, elegem os candidatos do prefeito, porque senão perdem as tetas financeiras.

3. Constroi e domina um discurso que é mel na boca da maioria dos montesclarenses / montesclarino, fazendo-se de vítima do prefeito anterior e de algumas das categorias sociais que compõem a sociedade local. Povo gosta de ser solidário com o sofrimento do outro. E de um candidato a prefeito então, nem se fala.

4. Importa algumas figuras "impares" de outras localidades para financiarem a campanha e depois parte das receitas municipais são entregues a estas figuras para cobrir o investimento feito pelo bem da cidade. Dotá-la de mais um administrador competentíssimo que realiza as grandes obras, ampliar a retirada da pavimentação da cidade para que voltemos ao tempo da poeira vermelha do sertão.

6. Deixa que os serviços de saúde entre em colapso, simplesmente porque não faz parte de uma administração competente, acompanhar a execução dos serviços. Só depois que o povo e a mídia põe a "boca no trombone" (não estou parodiando o nome do antigo programa de rádio do então vereador Tadeu Leite, porque essa é um slogan público) é que distribui alguns remédios por aqui, por ali, coloca uns médicos por aqui e outros por ali.

7. Deixa que os serviços educacionais também entre em colapso, pois o prefeito predileto do montesclarense / montesclarino tem que retirar o investimento em educação. Afinal propiciar acesso ao conhecimento e à informação pode dar fim a este tipo de prefeito ideal, gerando um caos na mentalidade local.

8. Articular uma rede de apoio vinculando pessoas das mais diversas entidades e instâncias da vida local para dar suporte à administração, defendendo-a na mídia, nas fofocas, nas barras da justiça e diante de Deus.



Com esse perfil, qualquer beócio poderá ser o próximo prefeito ideal dos montesclarenses / montesclarinos.

E aqueles que amam a cidade continuam a impulsioná-la para a sua era de ouro que um dia virá, ou como quase disseram Georgino e Tino Gomes, Montes Claros, Montes Clareará!

Um comentário:

  1. Perfeita a análise do Joba. É isso mesmo. Infelizmente temos que mudar essa situação!

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